Número de empresas cresce no Brasil
Aumento de formalizações reflete avanço no índice de confiança registrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)
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Mesmo com o refluxo na economia e desaceleração nos investimentos, o número de novas empresas no Brasil continua crescendo. É o que a Serasa Experian registrou no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado (2014).
De acordo com a instituição, quase 481 mil novas empresas foram cadastradas nos registros oficiais entre janeiro e março deste ano (2015), aumento de 2,3% em relação ao primeiro trimestre anterior. Em relação a fevereiro, o número de empresas cresceu 28% e, comparando-se a março de 2014, o aumento foi de 22,3%
O maior número de registros foi na região Sudeste, seguida do Nordeste, Sul e Centro-0este. Os dados foram anunciados pela Serasa na tarde dessa segunda-feira, 4. Os economistas da Serasa atribuem parte do resultado ao carnaval, que neste ano foi em fevereiro. Com isso, março teve mais dias úteis.
A manutenção do crescimento de registros em período de atividade em baixa reflete o aumento do índice de confiança do comércio medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No quadrimestre janeiro-abril, esse indicador avançou 0,4%, indo do índice de 92,0 pontos para 92,4 pontos, devido à evolução favorável do grau de expectativas do brasileiro.
De acordo com os dados da FGV, o índice de expectativas cresceu 1,9% em abril, por influência do indicador que estima uma evolução otimista das vendas no trimestre seguinte, também em alta: 2,6%. O comércio acredita que nos meses de maio, junho e julho, as vendas vão melhorar. Foi a primeira vez que o índice de confiança registrou aumento neste ano.
Mesmo em ritmo menor que em 2014, quando mais 9,5% de empresas foram criadas em relação ao primeiro trimestre de 2013, o surgimento de novos negócios se traduz em geração de receitas tributárias e contratação de empregados, mesmo que em número menor que nos períodos passados. Tais fatores ajudam a amenizar o impacto da redução do ritmo dos negócios.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do portal G1