Minas inicia revitalização de margens do Rio São Francisco em 49 cidades
Total de 150 cidades deverão ser atendidas pelo projeto, ao custo de R$ 50 milhões; objetivo é garantir conservação dos solos, infiltração das chuvas e aumentar vazão de nascentes
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Em nota oficial divulgada pela Agência estatal Minas na terça-feira (3) o governo mineiro do petista Fernando Pimentel anunciou para janeiro de 2016 o início de obras destinadas à proteção e recuperação de nascentes, matas e bacias de captação de chuvas e terraços no Velho Chico, o “Rio da Integração Nacional”.
As ações são fundamentais à perpetuação do maior manancial exclusivamente nacional. Serão gastos R$ 8,5 milhões na contratação de obras de infraestrutura hídrica e de conservação de solos, segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do estado.
Conforme a nota, “as intervenções contribuem para minimizar o escoamento superficial das águas das chuvas, aumentando a infiltração e reabastecimento das nascentes e rios”.
A seca dos últimos anos, com desparecimento de nascentes e afluentes que asseguram a grandeza do São Francisco, só fez expor a necessidade de se restabelecer condições para recuperação e ampliação dos volumes de água na bacia.
Uma de principais atribuições do rio a partir de agora, a transposição de águas para a porção semiárida do Nordeste, requer esforço especial dos territórios que antecedem a captação da água para transposição, especialmente nas vastas regiões de Minas e da Bahia onde se concentram os maiores volumes de produção de água.
A inauguração de todo complexo de transposição (com casas de máquina para bombeamento e dois canais de vazão e distribuição da água da transposição) está prevista pelo governo federal para final de 2016. A obra é dividida em dois eixos: o Norte, que vai do município de Cabrobó (PE) até Cajazeiras (PB), tem 260 km de extensão; o Leste, que vai de Floresta (PE) até Monteiro (PB), tem 217 km.
Sequência – O projeto de revitalização mineiro dá sequência ao convênio entre Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco Codevasf) e Seapa e tem participação da Emater-MG e da Fundação Rural Mineira (Ruralminas), que já executou ações em outros mais de 60 municípios.
Os estudos que deram origem ao projeto foram elaborados em 2002 e envolvem 150 municípios, com benefício direto para cerca de 50 mil pessoas, não consideradas as contempladas com a maior disponibilidade hídrica.
A previsão inicial de investimento é de R$ 50 milhões, dos quais R$ 4,5 milhões em contrapartida do governo estadual. Relação de municípios mineiros contemplados na nova etapa do programa de revitalização:
Abaeté; Araújos; Belo Vale; Betim; Bom Despacho; Brumadinho; Carmo da Mata; Carmo do Cajuru; Cláudio; Conceição do Pará; Congonhas; Córrego Dantas; Desterro de Entre Rios; Diamantina; Dores do Indaiá; Entre Rios; Florestal; Formiga; Fortuna de Minas; Gouveia; Igarapé; Inhaúma; Itaguara; Itapecirica; Lagoa Dourada; Leandro Ferreira; Luz; Mateus Leme; Moeda; Moema; Monjolos; Morada Nova de Minas; Nova Serrana; Paineiras; Pains; Pará de Minas; Perdigão; Piedade dos Gerais; Piracema; Pitangui; Resende Costa; Santana do Pirapama; Santo Hipólito; São Brás do Suaçui; São Francisco de Paula; São Joaquim de Bicas; São José da Varginha; São Sebastião do Oeste e Tapiraí.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias