Abrava: “R$ 1000 de Bolsonaro não resolve e não vai comprar caminhoneiros”
Com o preço do combustível a R$ 7,20 o litro, voucher compra 138 litros e roda somente 276 km, aponta Wallace Landim (Chorão), presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores
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Na tentativa de tapar o sol com a peneira e recuperar a confiança dos caminhoneiros, Bolsonaro sugeriu ao governo um auxílio de R$ 1.000 para ajudar a reduzir a cascata de prejuízos provocada por seu desgoverno diante da alta no preço dos combustíveis.
Afetada pelo aumento no valor do diesel, que hoje custa R$ 7,20 o litro, a categoria vê como esmola o voucher de Bolsonaro.
O presidente da presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim (Chorão), critica a medida, que em sua visão, eleva o dólar e contribui para novos aumentos.
“Caminhoneiro não é burro, não fizeram nada em três anos e meio de governo e agora vem com uma esmola que não resolve o problema”.
Chorão denuncia que Brasil tem estoque de diesel para apenas 40 dias, e que com a redução da alíquota de ICMS nos Estados baixou o preço da gasolina, mas não do diesel não. “A gasolina está baixando porque não está vendendo, a classe média não tem dinheiro para encher o tanque. Com o Diesel não tem jeito se não abastecer, pois o produto não chega nas casas das pessoas”.
O líder dos caminhoneiros explica que um caminhão roda em média 2km com um litro de diesel. Com o preço do combustível a R$ 7,20 o litro, um voucher de R$ 1000 compra 138 litros e roda somente 276km.
Ele exemplifica: em 15 dias, seu caminhão rodou a média de 4 mil km, gastando R$ 14.400, fora a depreciação do veículo.
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Ouça o Chorão:
Confira a nota, na íntegra, da Abrava:
NOTA À IMPRENSA
Assunto: PEC da Esmola
Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – ABRAVA, vem se manifestar sobre a PEC da esmola.
Mil reais não resolve o problema dos caminhoneiros, é uma tentativa clara de comprar o direito mais digno de um cidadão que é o seu voto.
É importante ressaltar que esse dinheiro não vai conseguir comprar os caminhoneiros, os únicos que ainda acreditam nesse governo mentiroso é uma pequena parcela de motoristas que sofrem da Síndrome de Estocolmo.
Caminhoneiro não é burro, não fizeram nada em três anos e meio de governo e agora vem com uma esmola que não resolve o problema.
A inflação está dizimando os mais pobres e consumindo toda a renda dos brasileiros.
Tivemos conhecimento que o Brasil tem estoque de diesel para 40 dias, com a redução da alíquota de ICMS nos Estados baixou o preço da gasolina, mas do Diesel não, a gasolina está baixando porque não está vendendo, a classe média não tem dinheiro para encher o tanque, com o Diesel não tem jeito se não abastecer o produto não chega nas casas das pessoas, e pode esperar o diesel vai continuar subindo porque o governo não muda a política de preços da Petrobras.
E para completar, essa PEC eleitoreira fez o dólar subir, e como somos dependentes de diesel importado vai aumentar nas bombas.
Esse governo é uma mistura de Trapalhões com Zorra Total, e o povo assistindo esse filme de terror.
Uma solução para o problema do Diesel dos caminhoneiros é o PL 1.205/22 de autoria do senador Lucas Barreto, que retira o custo do diesel da composição do frete.
Lembrando que a greve é um direito resguardado na constituição a todos os trabalhadores, e os caminhoneiros já não aguentam mais.
Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo povo Brasileiro.
São Paulo 13 de julho, de 2022.
Wallace Landim – Chorão Caminhoneiro
Presidente Licenciado da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – ABRAVA
Da Redação