Antes de acidente, Samarco informou volume 18% menor que o real em barragem

Em fevereiro, a mineradora relatou possuir um volume de rejeitos 18% menor da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que estourou no início de novembro e espalhou lama até o Oceano Atlântico

Uma barragem pertencente à mineradora Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais, e inundou a região (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

Nove meses antes do acidente que devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, a mineradora Samarco informou, em relatório encaminhado à Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), dados incorretos sobre o volume de rejeitos da barragem.

De acordo com reportagem do portal “Uol”, a mineradora relatou possuir um volume de rejeitos 18% menor da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que estourou no início de novembro e espalhou lama até o Oceano Atlântico.

A Samarco disse, ainda em fevereiro deste ano, que tinha um volume de rejeitos de cerca de 45 milhões de toneladas. No entanto, o volume correto, da barragem que estourou, era de cerca de 55 milhões milhões de toneladas de metros cúbicos de detritos de minério, areia e lama.

Ainda segundo a reportagem, o volume total representava uma expansão de 50% do volume da barragem de Fundão. “Esse aumento se deu num período de seis meses, entre julho de 2014 e fevereiro deste ano, passando de 30 milhões de toneladas de metros cúbicos de rejeitos para 45 milhões”, diz o texto. 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do portal “Uol”

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