Após economistas, CUT e CNI, engenheiros exigem redução dos juros
Em nota, Engenharia pela Democracia alerta que taxa atual de 13,75% inviabiliza a retomada de crescimento do país. “Menos juros, mais desenvolvimento, mais engenharia, mais soberania”, clama a entidade
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Depois do manifesto assinado por diversos economistas do país, em fevereiro, e de notas da Central Única dos Trabalhadores e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a organização Engenharia pela Democracia divulgou uma carta reivindicando a redução da taxa de juros. Divulgada na última quinta-feira (23), a nota denuncia os efeitos nocivos da Selic para o desenvolvimento, decorrentes do maior índice do mundo imposto pelo Banco Central: 8% de juro real.
“A “Engenharia pela Democracia” – EngD – soma-se ao clamor nacional repudiando a decisão lesa pátria do Banco Central de manter a taxa básica anual de juros em 13,75%, que inviabiliza a retomada de crescimento da economia do país”, destaca a nota da entidade.
“É o incentivo desvairado ao rentismo, não só de bancos e milionários, mas até mesmo de empresas que, para obter bom retorno do capital monetário que dispõem, veem maior ganho depositando o dinheiro em títulos públicos do que na produção de bens e serviços”, desmascara a Engenharia pela Democracia.
“Nesses patamares a taxa de juros desestimula o crediário a que muita gente recorre para ter uma vida mais confortável, abala ainda a declinante ocupação do parque produtivo nacional”, justifica a Engenharia pelo Democracia.
Confira a nota na íntegra:
Menos juros, mais desenvolvimento!
A “Engenharia pela Democracia” – EngD – soma-se ao clamor nacional repudiando a decisão lesa pátria do Banco Central de manter a taxa básica anual de juros em 13,75%, que inviabiliza a retomada de crescimento da economia do país, conforme denunciam as entidades representativas dos empresários e trabalhadores.
Corresponde a uma espantosa taxa de juros de mais de 8% acima da inflação, absolutamente fora dos padrões internacionais.
Nesses patamares a taxa de juros desestimula o crediário a que muita gente recorre para ter uma vida mais confortável, abala ainda a declinante ocupação do parque produtivo nacional. É o incentivo desvairado ao rentismo, não só de bancos e milionários, mas até mesmo de empresas que, para obter bom retorno do capital monetário que dispõem, veem maior ganho depositando o dinheiro em títulos públicos do que na produção de bens e serviços.
Com o maior juro real do mundo ficam comprometidas a retomada do desenvolvimento do país, a geração de emprego e renda, e o atendimento dos direitos da população a melhores condições de vida.
Os profissionais da engenharia também veem diminuir as possibilidades de atuação, em prejuízo do desenvolvimento de novas tecnologias e suas aplicações para aumentar a produtividade e contribuir na reconstrução do Brasil, em particular com sua reindustrialização.
Menos juros, mais desenvolvimento, mais engenharia, mais soberania!
EngD, em 23 de março de 2023.
Da Redação