Bolsonaro defende Gentili, mas silencia sobre 80 tiros em família no RJ

Para o Secretário de Combate ao Racismo do PT, Martvs Chagas, o silêncio de Bolsonaro em conjunto com a defesa de Gentili é mais uma de suas atitudes que incitam o ódio

Reprodução/Lula.com.br

Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (PSL), em mais uma prova de que não respeita a população brasileira, se posicionou a favor do “humorista” Danilo Gentili, sobre sua condenação por declarações criminosas a deputada federal, Maria do Rosário (PT-RS), mas ficou em completo silêncio acerca do fuzilamento do carro de uma família, alvejado por 80 tiros, que matou o músico Evaldo dos Santos Rosa, em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Para o Secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, Martvs Chagas, “o posicionamento de Bolsonaro contra a condenação de Gentili associado ao seu silêncio sobre a brutal morte do músico por militares do Estado brasileiro, no Rio de Janeiro, é parte integrante da escalada da violência contra mulheres e negras patrocinadas por seu governo”.

Em seu twitter, Bolsonaro declarou que Gentili estava exercendo seu direito de livre expressão, e que era “apenas piada”. A condenação se deu porque, em 2016, Danilo Gentili fez declarações ofensivas e criminosas a Maria do Rosário, em suas redes sociais, e quando recebeu notificação para que apagasse as postagens, gravou um vídeo rasgando o documento e colocando-o dentro de suas calças.

Segundo Martvs, a atitude de Bolsonaro como presidente de tentar normalizar discursos de ódio e o crime de injúria, tanto defendendo Gentili como não se posicionando sobre o assassinato no Rio de Janeiro “é passível de denúncia aos órgãos internacionais de Direitos Humanos, uma vez que ela incentiva e estimula aos agentes de segurança pública a cometerem os mais desprezíveis atos de violência contra aqueles que deveriam proteger”.

Por Jéssica Rodrigues, para a Secretaria Nacional de Mulheres do PT

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