Brasil sofreu intervenção dos Estados Unidos, afirma Amorim

“É o cúmulo que ele (Dallagnol) diga que não pode compartilhar os dados com o Aras, e pode compartilhar com o FBI, com uma potência estrangeira, que vai investigar a Petrobras na mesma época em que a Petrobras está sendo invadida pela NSA”, destacou o embaixador, reforçando o papel colaboracionista da Operação Lava Jato

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A operação Lava Jato colaborou com o FBI

A colaboração da Operação Lava Jato com o FBI, à margem da legislação brasileira, comprova a intervenção internacional no Brasil. A constatação é do embaixador e ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, em entrevista ao jornalista Leonardo Atuch, na TV 247, na terça-feira, 7.

Citando a expressão proferida por Deltan Dallagnol quando exibiu o ‘power point’ fake contra Lula, Amorim ressaltou que o papel da Lava Jato está comprovado.  “Eu não posso dizer igual o Dallagnol, ‘não tenho provas, mas tenho convicção’, embora eu ache que em política você possa ter, você não pode ter isso na Justiça, mas agora está comprovado, não tem a menor dúvida”.

“É o cúmulo que ele (Dallagnol) diga que não pode compartilhar os dados com o Aras, e pode compartilhar com o FBI, com uma potência estrangeira, que vai investigar a Petrobras na mesma época em que a Petrobras está sendo invadida pela NSA”, destacou o embaixador, reforçando o papel colaboracionista da Operação Lava Jato.

“É a estratégia da submissão”, afirma o ex-ministro Celso Amorim, sobre a colaboração da Lava Jato com o FBI e a política externa atual. Foto: Divulgação

As recentes denúncias da Agência Pública, segundo Amorim, traduzem a política externa atual. De acordo com a publicação, a Operação Lava Jato atuou de forma conjunta com o FBI, sem respaldo das leis brasileiras, e contra os interesses nacionais. Diferente do que afirmam, diz ele, a política externa praticada pelo governo Bolsonaro tem estratégia. “É a estratégia da submissão”, afirma.

Frente a essa realidade, Amorim estranha a ausência de reação contra os ataques à soberania nacional de quem ele chama de “bem pensantes”. Para Amorim, os “bem pensantes” admitem a dependência, desde que com um mínimo de respeitabilidade, ironiza ele. “Essa opção deles não existe”, sentencia.

Em outro momento da entrevista, Amorim advertiu para os riscos da atual politica de alinhamento incondicional aos Estados Unidos. “Quando fizer uma opção ideológica contra o 5G, ai vai ter retaliação”, alertou ele, em relação ao processo de negociação da tecnologia chinesa.

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