Caravana de Lula pelo Nordeste renova esperança no futuro
Caravana Lula pelo Brasil marcou ultrapassou barreiras, superou números e marcou o reencontro de Lula com o povo brasileiro
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Mais de 4,9 mil quilômetros rodados. Vinte e um dias pelas estradas de todos os estados nordestinos. Uma jornada que envolveria, inicialmente, 25 cidades, mas que movimentou a vida de pessoas de mais de 60 municípios do Nordeste brasileiro. Esse seria o saldo final da caravana Lula Pelo Brasil, que começou no dia 17 de agosto e terminou no dia 5 de setembro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em viagem e cruzou o Nordeste.
No entanto, esses números, divulgados antes mesmo de a caravana começar, perderam espaço em meio a tanta esperança que foi espalhada pelas cidades por onde Lula passava. A cada viagem, mais e mais paradas espontâneas, quando pessoas fechavam as estradas apenas para ver o ex-presidente de perto.
Com isso, o número inicial de 25 cidades mais que dobrou. A caravana parou em mais de 60 municípios, onde Lula parou para abraçar, olhar nos olhos do povo, ouvir e ser ouvido.
Em apenas um dia, no trajeto entre Quixadá e Juazeiro do Norte, no Ceará, a agenda, que previa uma viagem de quatro horas na estrada, foi surpreendida por 12 horas de viagem e oito paradas não previstas.
O dia inusitado contou com paradas da caravana por dez cidades cearences. Saindo de Quixadá, Lula parou na usina que fica no município de Juatana, e também desceu do ônibus em Banabuiú, Solenopole, Vila São João de Solenópole, Quixelô, Iguatu, Cascudo e Cedro.
No Piauí, a caravana também foi surpreendida por diversas paradas espontâneas. Em todas as cidades, ele foi recebido por multidões que de longe clamavam pelo ex-presidente e o chamavam como “pai”.
Em um dia comum na região, a passagem de Lula fez com que as pessoas saíssem do trabalho, das escolas e deixassem os compromissos de lado por apenas um motivo: ver o ex-presidente chegar.
Na Bahia, as agendas previam eventos em Salvador, Feira de Santana, Cruz das Almas e São Francisco do Conde, e teve mais uma em Jandaíra.
Em Sergipe, houve cinco compromissos previstos na agenda (Aracaju, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória, Estância e Lagarto) e outros improvisados em Campo de Brito, Japoatã e São Domingos.
Em Alagoas, foram Penedo, Arapiraca e Maceió. Seguindo para Pernambuco – com eventos em Recife e Ipojuca –, comunidades de Araripina, Goiana e Xexéu também pararam o ex-presidente. Assim como os paraibanos de Nova Palmeira, se somaram aos de João Pessoa, Campina Grande e Picuí.
No Rio Grande do Norte, além de Mossoró e Currais Novos, parou em Acari, Campo Grande, Florânia e Jucurutu. Ceará tinha roteiros em Quixadá, Juazeiro e Crato. E contou paradas em Banabuiú, Cedro, Icó, Iguatu, Quixelô, Quixeré, Solonópole e na Usina de Produção de Biodiesel de Quixadá.
No Piauí, as paradas em Alegrete, Campo Grande do Piauí, Ipiranga, Inhuma, Passagem Franca do Piauí, Barro Duro, Miguel Leão, Monsenhor Gil, Demerval Lobão e Vila Irmã Dulce se somaram às agendas de Marcolândia, Picos, Altos e Teresina. E no Maranhão, estado em que encerrou a viagem, Lula teve compromissos em São Luiz e em Timon.
Em 21 dias, Lula recebeu cinco títulos de Doutor Honoris Causa. O torneiro mecânico, sem diploma de ensino superior, mostrou que o título mais importante é o diploma que o povo nordestino pôde conquistar após a ampliação do acesso ao ensino superior.
E Lula repetiu isso várias e várias vezes durante os discursos da caravana: a menina negra, quilombola, com título de “doutor”. “Esse é o meu título.”
“Esse é o cansaço da batalha, da labuta, não é o cansaço da preguiça. E se eles querem me derrubar, que venham pra rua”, ressaltou.
“Feliz da vida”, o ex-presidente encerrou a grande jornada pelo Nordeste brasileiro em São Luís do Maranhão. “Feliz da vida” por ter tocado milhares e milhares de corações no sertão e pelo reencontro com o povo.
A caravana que mexeu com o coração do povo brasileiro. Que ultrapassou as barreiras da imprensa tradicional, foi exaltada por veículos como ‘The Guardian‘, no exterior, e teve forte apoio da mídia alternativa no Brasil. A caravana que marcou o reencontro de Lula com o povo brasileiro.
“Lula nasceu na pobreza de pés no chão a pouco mais de 500 quilômetros dali e seu governo transformou a vida de muitos por ali. Mas esta não é uma viagem qualquer. penas uma viagem antes das eleições presidenciais do ano que vem, quando Lula espera se candidatar a um terceiro mandato. É também uma briga por seu futuro, sua vida política e seu legado”, como bem descreveu matéria do ‘The Guardian’.
Por Clarice Cardoso e Mariana Zoccoli, enviadas especiais ao Nordeste para a caravana Lula Pelo Brasil, para a Agência PT de Notícias