Celso Amorim: esfacelar o Mercosul é um desserviço à paz

Ex-ministro das Relações Exteriores, Amorim criticou a declaração do futuro ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, de que o bloco não será prioridade

EBC

Ex-ministro Celso Amorim

O ex-ministro das Relações Exteriores de Lula, Celso Amorim, criticou a declaração do futuro ministro da Fazenda de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, de que o Mercosul não será a prioridade do próximo governo. Para Amorim, Guedes não leva em consideração que as relações econômicas têm impacto na construção da paz na América do Sul.

Em entrevista à Folha, o ex-ministro disse que Guedes “não tem sensibilidade” e que o que “quer fazer é um Brexit, só que com o maior saindo”.

Amorim lembra ainda que o bloco representa 25% das exportações dos manufaturados brasileiros e que o governo Bolsonaro “vai esfacelar o Mercosul. Será um desserviço à paz”

No domingo (28), Guedes disse que o Brasil ficou “prisioneiro de alianças ideológicas”, ao referir-se ao Mercosul. “Mercosul quando foi feito (foi) totalmente ideológico. É uma prisão cognitiva, não será conosco. Foi, no sentido de que só negocia com gente que tiver inclinações bolivarianas”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S.Paulo

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