Cesta de Natal tem reajuste abaixo da inflação
Produtos natalinos se mantiveram abaixo dos índices calculados no período
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O preço da cesta de produtos natalinos subiu menos que a inflação registrada nos últimos de 12 meses, de acordo com pesquisa divulgada na quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
A cesta de Natal está 5,44% mais cara que a do ano passado, enquanto a inflação medida pelo ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da própria FGV foi de 6,81%. Outros índices também mostram o mesmo comportamento.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 6,33% no período, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi superior ao reajuste da cesta: 6,56%.
A diferença entre IPC e o valor da cesta (1,37 ponto percentual) mostra que a inflação do período foi 25,1% maior que o crescimento do valor médio da cesta natalina. Comparada ao INPC, a redução também é significativa: 17%.
Tais resultados são aderentes aos estudos da própria FGV divulgados ontem. Eles mostram uma queda nos índices inflacionários nas duas primeiras semanas de dezembro, também de 17%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S).
Entre os produtos que colaboraram para o baixo crescimento do valor da cesta estão o bacalhau e o frango. O bacalhau subiu 4,77% no ano, valor abaixo da inflação. No acumulado dezembro-novembro, o quilo do bacalhau mostra deflação de 4,48%, segundo informação da Agência Brasil.
Já o frango especial registrou queda no preço médio do quilo em 12 meses de 10,06%, enquanto o tender ficou 6,91% mais barato. Os presentes de Natal, por sua vez, subiram, segundo a Agência Brasil, apenas 4,08% este ano (janeiro a novembro), com as maiores variações sendo registras pelo relógio (9,36%), perfume (7,69%) e eletrodomésticos (6,68%).
Considerados a variação dos preços dos alimentos para a ceia e dos presentes, a variação para cima chegou a 4,57% – também abaixo da inflação.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias