Chapa Temer-Cunha não passará no plenário, garante líder do PT

Florence alertou que os deputados que não quiserem enfrentar o eleitorado como detentores do golpe devem votar contra o impechment

Foto: Lula Marques/ Agência PT

O clamor das ruas em defesa da democracia vai se refletir no plenário do Legislativo neste domingo (17), garantiu o deputado federal Afonso Florence (PT-BA), líder do PT na Câmara, ao fazer seu pronunciamento em plenário.

“Manifestações da consciência democrática constituída de homens e mulheres que pedem democracia e dizem não vai ter golpe (…) Não existe crime de responsabilidade. Por isso, a voz das ruas repercute no plenário“.

Florence reforçou que impedimento sem crime é golpe e que, “a cada momento, deputados e deputadas indecisos revelam que vão votar não porque querem rechaçar o risco posto para o futuro do Brasil, que é a derrota da democracia”.

(Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados)

(Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados)

O deputado alertou ainda que a imprensa internacional já noticiou que réus corruptos querem derrubar a presidenta Dilma Rousseff, uma mulher honesta, e que este processo é uma tentativa de promover eleição indireta do vice-presidente, Michel Temer. “Cada vez mais, brasileiros e brasileiras têm noção do que está acontecendo aqui. Não temos eleição indireta no Brasil, e já perdeu a legitimidade o discurso de que se trata de um impachment para combate à corrupção”, disse, ao recordar que os governos de Lula e Dilma foram os que mais autonomia para investigação deram à Polícia Federal.

“Esse golpe não está sozinho, tem um outro golpe que é de liderança do presidente (da Câmara) Eduardo Cunha“. Para ele, a chapa Temer-Cunha quer parar as investigações sobre a Lava Jato e ela não passará no plenário.

“Vamos retomar a democracia e a geração de emprego e renda: vamos garantir a vitória maior do povo, o povo popular (…) a partir de amanhã, vamos fazer uma pacto. Uma pacificação que será feita a partir do programa eleito no segundo turno das eleições de 2014, retomada da normalidade institucional”.

O líder pediu aos parlamentares que não levem para a história a mácula do desrespeito ao voto popular, de aprofundamento dos conflitos e de golpismo.

Brasil não é país do ódio 

A deputada Érika Kokay (PT-DF) fez um breve pronunciamento. Garantiu que “este país não será o Brasil do ódio, daqueles que querem destampar uma lógica de intolerância e fascista que estava recolhida pela democracia que custou tanto ao povo brasileiro”.

Afirmou também que os querem um golpe no país estão tentando rasgar a constituição. “Este país tem uma democracia suficientemente forte para dizermos que os usurpadores de direito e de poder não conseguirão”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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