Cida e Marinho destacam resultados do 3º Relatório de Transparência Salarial

R$ 95 bilhões teriam sido investidos na economia brasileira em 2024 se houvesse igualdade salarial entre homens e mulheres

Matheus Itacaramby

Ministra Cida Gonçalves: “estamos estabelecendo outro patamar de relação entre homens e mulheres no mundo do trabalho."

Em atividade realizada nesta semana, em Brasília, os Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego destacaram os dados positivos para as mulheres que foram revelados no 3º Relatório de Transparência Salarial , divulgado  no começo deste mês.

Por exemplo, conforme revelou o Relatório, a igualdade salarial entre mulheres e homens poderia ter injetado R$ 95 bilhões na economia brasileira apenas em 2024. Este é apenas um dos avanços que o país pode conquistar com a prática de mulheres e homens ganharem o mesmo pela mesma função que desempenham. 

Lançado durante a apresentação do 3º Relatório, o Movimento pela Igualdade no Trabalho destacado  do Banco Mundial, se as mulheres tivessem as mesmas oportunidades que os homens no mercado de trabalho, o Produto Interno Bruto (PIB) global poderia crescer mais de 20%. Na mesma linha, um outro estudo da Organização Internacional do Trabalho demonstra que o Brasil poderia expandir uma economia em 382 bilhões de reais se implementasse políticas moderadas de igualdade de gênero. Esse valor seria duplicado com igualdade plena.

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Apesar de as mulheres ainda enfrentarem um cenário de desigualdade no trabalho, o 3º Relatório de Transparência Salarial também indicou avanços. Segundo o MMulheres , um dos dados positivos destacados foi o crescimento do número de empresas em que a diferença salarial entre mulheres e homens é de até 5%. 

“É verdade que não queremos nenhuma desigualdade, mas entre uma diferença de 20,9% e 5%, precisamos comemorar os bons exemplos e avançar nas negociações com as empresas para que ampliemos ainda mais esse número”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. 

Outra boa notícia é que aumentou a participação das mulheres negras no mercado de trabalho, que cresceu de 3.254.272 para 3.848.760.

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A ministra afirmou ainda que “estamos estabelecendo outro patamar de relação entre homens e mulheres no mundo do trabalho. E vamos trabalhar sob a perspectiva da Política de Cuidados para que possamos diminuir o tempo das mulheres em ações domésticas para que elas possam se cuidar e se proteger. Esse é o desafio que me foi colocado pelo presidente Lula: diminuir a violência contra as mulheres no país e garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres. Queremos que as empresas se envolvam conosco para que possamos garantir essas mudanças simples e as desigualdades deixem de existir”, convocou o ministro.

Já o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que “não há nenhuma lógica em que as mulheres recebam menos do que os homens exercendo as mesmas funções”. Segundo ele, “a única explicação para isso é o processo discriminatório contra as mulheres”.

Segundo Luiz Marinho, o último Relatório apontou um aumento no número de empresas com 100 ou mais empregados no país, além da ampliação de um milhão de vínculos de emprego, com base nos dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2024. 

O total passou de 18 para 19 milhões de vínculos, sendo metade deles ocupados por mulheres — o que evidencia o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho.

Da Redação do Elas por Elas, com informações do MMulheres e do MTE 

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