Coaf: renda de Flávio Bolsonaro é incompatível com dados bancários

Segundo relatório do conselho, maior parte dos créditos na conta de Flávio veio da Alerj, contrariando a justificativa dele de que seria proveniente de empresa

Wilson Dias/Agência Brasil

O senador eleitor Flávio Bolsonaro (esq.) e Jair Bolsonaro (dir.)

Novo trecho do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que é matéria de capa da revista “Veja” lançada nesta sexta-feira (26), revela movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro entre 1º de agosto de 2017 e 31 de janeiro de 2018.

Ao longo desses seis meses analisados pelo Coaf, o senador eleito e filho mais velho de Jair Bolsonaro movimentou R$ 632 mil. Foram R$ 337 mil em créditos e R$ 294 mil em débitos. Segundo o órgão de controle financeiro, o valor é incompatível com a renda de Flávio.

Um dos trechos do relatório divulgados pela revista informa que, à época, o senador eleito do PSL tinha renda de R$ 27 mil.

O documento diz que “a comunicação foi motivada em razão de o cliente movimentar recursos superiores a sua capacidade financeira”.

O Coaf afirma ainda que a renda declarada por Flávio aparentemente não é compatível com a movimentação financeira registrada no período analisado.

A defesa de Flávio disse que, mais uma vez, o senador eleito é vítima de um vazamento criminoso e irresponsável de dados sigilosos com ilações sem qualquer fundamento comprobatório. Ainda segundo os advogados, não há absolutamente nada de irregular com o patrimônio ou em suas movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro.

A reportagem de “Veja” destaca que o senador eleito tem dito que a maior parte dos rendimentos dele vem das atividades como empresário, e não do salário como deputado.

No entanto, o documento também mostra que a maior parte dos créditos na conta de Flávio Bolsonaro, no período analisado, veio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Por Revista Fórum

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