Mil cruzes reverenciam mortos pela omissão de Bolsonaro

Instalação artística homenageou as vítimas da pandemia e manifestação denunciou a indiferença do governo Bolsonaro. A presidenta da PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), participou do evento

Renato Cortez

Instalação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

O suprapartidário Coletivo Resistência_Ação do Distrito Federal realizou na manhã deste domingo (28), no gramado da Esplanada dos Ministérios, uma instalação artística com a colocação de cerca de mil cruzes, em homenagem às vítimas da pandemia do coronavírus no Brasil.

A ação é parte do movimento mundial ‘StopBolsonaroMundial’, iniciativa que começou com brasileiros no exterior e que, neste domingo, realiza atos contra a política genocida de Bolsonaro no combate à pandemia em pelo menos 70 cidades, de 24 países do mundo.

Durante a cerimônia foram entoadas músicas e lido um poema de Pedro Tierra, especialmente escrito para a ocasião. Além de líderes religiosos, a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também discursou no ato.

Foto: Reprodução

Responsáveis pela tragédia

“É fundamental a gente prestar as nossas homenagem às pessoas que estão sendo vítimas de tanta negligência do próprio Estado e que têm sido vítimas dessa crise sanitária. Então, em primeiro lugar, é uma homenagem: todo mundo que parte é o amor de alguém”, afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF), que participou da cerimônia.

Essa tragédia tem responsáveis. O governo do presidente Bolsonaro e do vice-presidente, General Mourão, que se elegeu de forma fraudulenta, apoiando-se em larga divulgação de mentiras, calúnias e injúrias, adotou o ‘negacionismo’ como forma prioritária de ação no enfrentamento da doença provocada pelo Coronavírus

Coletivo Resistência_Ação.

Foto: Matheus Alves

Diante das mil cruzes, várias ornadas com flores, também foi realizada a Cerimônia do Encantamento, Ato Ecumênico que contou com a presença de representantes das religiões Católica, Anglicana, Evangélicas, Espíritas, de Matriz Africana e indígenas da etnia Xavante.

Segundo o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Gilberto Carvalho – que também participou do ato ecumênico – além de uma homenagem aos mortos pela Covid-19, a cerimônia também foi um grito de repúdio contra a irresponsabilidade de Bolsonaro no combate à pandemia no Brasil.

Da Redação com PT na Câmara

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