Com Manu e Haddad, Primavera das Mulheres floresce em São Paulo

A paisagem do centro de São Paulo começou a mudar por volta das 16h desta terça-feira (25). Foi nesse horário que as mulheres, aos poucos, começaram a colorir a Praça da República com as cores da luta, da democracia e da resistência, fazendo florescer a Primavera das Mulheres na capital paulista.

A caminhada organizada pelo Comitê Nacional de Mulheres com Haddad e Manuela, formado por movimentos populares e pelos partidos da coligação “O Povo Feliz de Novo”, deu forma ao apoio feminino, que cresce a cada dia, à campanha de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila para a Presidência da República.

Para Beatriz Conceição, moradora da Ocupação Capadócia, na periferia de São Paulo, a chapa é a única que tem um projeto de governo capaz devolver um Brasil melhor para o povo, e especialmente para as mulheres.

“Eu quero um lugar melhor para mim e para os meus dois filhos, e eu estou aqui para lutar por isso. O Lula foi uma pessoa que nos ajudou, e nós queremos isso de volta, agora com o Haddad e a Manuela, que o representam”, disse.

A militante da Marcha Mundial das Mulheres Sônia Coelho também se somou às mulheres que saíram em passeata da Praça da República até a Praça Ramos de Azevedo. Ela recordou o golpe machista sofrido pela presidenta eleita, Dilma Rousseff, que teve as mulheres como protagonistas da resistência.

“É importante dizer que essa eleição acontece em meio a um golpe que retirou, injustamente, a primeira presidenta deste país. Mas eles não vão nos destruir, porque nós sabemos lutar, porque nós resistimos. Nós estamos na rua, lutando, e temos certeza de que vamos eleger o Haddad e a Manu”, completou.

Por volta das 18h30, quando a passeata deixou a Praça da República, Manuela D’Ávila foi recebida pela militância com flores e aos gritos de “é Manu no Jaburu”, em alusao à residência oficial ocupada pela vice-presidência em Brasília. Os cantos se alternavam passando por “eu tô com ele. Eu tô com ela. Eu tô com Lula, Haddad e Manuela”, entre outras mensagens de apoio à chapa presidencial.

Ao lado de milhares de mulheres, Manu caminhou até a Praça Ramos. Durante a sua fala, ela defendeu a autonomia das mulheres e resgatou o legado dos governos de Lula e Dilma Rousseff.

“Nós somos a primavera das mulheres, não só porque temos muitas mulheres de luta ao nosso lado, mas porque nós temos uma história de luta pela liberdade, da chave da casa na mão da mulher, do Bolsa Família na mão da mulher, da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Nós somos o projeto que liberta o povo brasileiro”, enfatizou Manu.

A secretária de Mulheres do PT, Anne Karolyne Moura, lembrou que a Primavera das Mulheres é a consolidação do discurso histórico do ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, proferido em 7 de abril deste ano, quando ele afirmou que “os poderosos jamais conseguirão deter a chegada da primavera”.

“Por isso as mulheres florescem hoje, com a primavera das mulheres. Ele nos convocou para nessas eleições elegermos o projeto que tem o povo como o principal poder.”

A defesa do projeto que coloca as mulheres e povo em posição de protagonismo também foi reforçada pela militante do PCdoB Maria das Neves em um aceno contra o dircurso extremista, machista e preconceituoso propagado pelo candidato do PSL.

“Nós não voltaremos para a cozinha, não voltaremos para o armário, e não permitiremos a imposição daqueles que querem o Brasil colonialista”, disse.

A última fala do ato foi do candidato de Lula à Presidência, Fernando Haddad, que se comprometeu a retomar a agenda de políticas para mulheres, com a promoção da igualdade de gênero e do enfrentamento à violência.

“Essa tem que ser uma agenda constante na nossa campanha. Se eu já estava com muita vontade de promover políticas para mulheres um mês atrás, hoje a minha vontade está multiplicada por mil, em função do que está acontecendo na campanha eleitoral”, afirmou Haddad.

O manifesto “Primavera das Mulheres – Mulheres com Lula, Haddad e Manu” também foi lido às candidatas e candidatos durante a manifestação. No documento elas pontuam os desmontes promovidos pelo atual governo golpista, reivindicam a retomada de políticas públicas e reforçam o apoio à coligação “O Povo Feliz de Novo”.

“Somos milhões e seguiremos florescendo, nas ruas e urnas”, garantem as mulheres.

Por Geisa Marques, da Comunicação Elas por Elas