Com Temer, medo de desemprego sobe para 65,7 pontos

O governo golpista de Michel Temer e suas ações contra o trabalhador, como as reformas trabalhista e da Previdência, afetam cada vez mais a confiança do brasileiro e sua satisfação com a vida.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Medo de Desemprego chegou a 65,7 pontos, muito acima da média histórica de 48,8 pontos. Pelo índice, quanto menor a pontuação, maior a confiança do trabalhador de que seguirá empregado.

O medo da população se confirma nos dados econômicos. O ano de 2017 fechou com menos 20.832 postos formais de trabalho e “gerou” quase seis mil bicos, vagas com contrato intermitente, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em comparação com dezembro de 2016, o índice de medo do desemprego apresentou alta de 0,9 ponto, indicando persistência da insegurança em relação à recuperação do mercado de trabalho.

Historicamente o valor só é superado pelo período de impeachment da presidenta legítima Dilma Rousseff, quando o índice chegou a 67,9 pontos, indicando que o processo também causou insegurança nos trabalhadores. O melhor valor foi em 2013, no primeiro governo Dilma, quando o índice ficou em apenas 25 pontos, indicando alto confiança na estabilidade.

A pesquisa CNI também aponta que o Índice de Satisfação com a Vida caiu, chegando a 65,6 pontos, 1,2 ponto a menos que em dezembro de 2016 e abaixo da média histórica de 69,9 pontos.

Historicamente, o valor mais baixo do índice de satisfação também ocorreu durante o processo de impeachment, alcançando os 64 pontos. Por outro lado, o melhor valor alcançado pelo índice foi em 2010, no final do segundo governo Lula, quando alcançou 73,8 pontos.

O Medo do Desemprego e Satisfação com a Vida é elaborado pela Confederação Nacional da Indústria a partir de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional conduzida pelo Ibope Inteligência. Para essa pesquisa foram coletadas informações entre 7 e 10 de dezembro de 2017, com 2000 entrevistas em 127 municípios.

Por Pedro Sibahi, da Redação da Agência PT de Notícias