Começam as Paralimpíadas Paris 2024, com 280 atletas brasileiros

Competição reúne cerca de 4.500 atletas de 185 países; entre os integrantes da delegação brasileira, 85% são beneficiários do Bolsa Atleta, programa criado pelo presidente Lula em 2004

Isabel Vergani/CPB

Meta do Comitê Paralímpico Brasileiro é realizar, em Paris, uma campanha igual ou superior à de Tóquio, em 2020

Começam nesta quarta-feira (28/08) as Paralimpíadas Paris 2024, com a participação de cerca de 4.500 atletas de 185 países. A delegação brasileira marca presença com 254 competidores na capital francesa, além de 25 atletas-guia para modalidades específicas.

O esporte paralímpico tem recebido cada vez mais visibilidade no mundo. A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro é realizar, em Paris, uma campanha igual ou superior à de Tóquio, em 2020. Naquela edição dos jogos, o Brasil ficou entre os sete primeiros países em conquistas de medalhas. Até aqui, a melhor campanha no exterior, que repetiu o número obtido nos Jogos Rio-2016, quando ficou em oitavo.

O esporte paralímpico brasileiro tem 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes, que totalizam 373 medalhas. Em Tóquio, há quatro anos, os atletas subiram no pódio 72 vezes. O presidente da CBP, Mizael Conrado, destaca que a “expectativa é de que o Brasil venha a fazer, em Paris, a melhor campanha de todos os tempos”, com perspectiva de se consolidar como potência paralímpica, no top-10 da competição este ano.

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Apoio fundamental

A delegação brasileira participará de competições como futebol para cegos, bocha, arco e flecha, atletismo, canoagem, ciclismo, hipismo, natação, remo e tênis de mesa, entre outros. Em matéria publicada na edição de 27 de março o jornal Folha de SP destaca o que considera “três pilares para o desenvolvimento do paradesporto nacional: construção de centros de treinamento, sistema de financiamento e captação de novos talentos”.

Mas “esqueceu” de citar um quarto pilar, que é o Bolsa Atleta, criado há 20 anos, no primeiro governo do presidente Lula. Nas paralimpíadas de Tóquio, em 2020, dos 72 pódios conquistados pelo país, 68 (94,4%) foram de atletas bolsistas.

Fábio Araújo, secretário nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte, destaca que é “essencial este auxílio para a formação de atletas, especialmente os paralímpicos”.

“No início dos anos 2000, com os governos Lula 1 e 2 e a presidente Dilma, o Brasil começou a se destacar em políticas públicas de inclusão, o que garantiu condições, inclusive para a prática do esporte”, ressaltou Fábio Araújo, enfatizando ainda que, em 2024, já foram investidos R$ 160 milhões no programa Bolsa Atleta, que beneficia 85% dos atletas que competem nesta edição das paralimpíadas de Paris.

Na cerimônia em que anunciou o reajuste do Bolsa Atleta, que ficou congelado nas gestões dos presidentes Michel Temer e Bolsonaro, o presidente Lula lembrou: “o Brasil está entre os 10 países mais importantes do mundo, então, não faz sentido que nos jogos olímpicos e paralímpicos não dispute entre os mais importantes”.

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Da Redação

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