Como o MPF dirigiu delação premiada para só incriminar Lula

O delator Pedro Barusco foi orientado a não levantar qualquer irregularidade de que tivesse conhecimento na Petrobras anterior ao governo Lula

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Pedro Barusco: ele quis falar do governo FHC, mas o Ministério Público Federal não quis ouvir

Entre as 73 testemunhas do processo do triplex da OAS, está Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras. O executivo assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em troca de benefícios penais. Frente a frente com o juiz de primeira instância Sérgio Moro, ele contou que os procuradores da Lava Jato orientaram que ele colocasse em um documento as irregularidades de que teria tomado parte ou tivesse conhecimento.

Mas havia uma orientação extra: que só incluísse ali os mal feitos a partir de 2003, ano em que teve início o governo Lula. Sobre o ocorrido na estatal nos anos anteriores, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era o presidente da República, ah, sobre isso nada deveria constar. Isso foi dito em julgamento, consta em ata, é dado público. A Lava Jato não se interessou por nada que não fosse relacionado ao governo Lula.

No vídeo abaixo, os advogados de Lula contam este e outros casos relacionados aos depoimentos de testemunhas do processo do triplex da OAS que mostram toda a parcialidade de Moro e do MPF na condução das investigações e da ação penal em si.

Da Redação da Agência de Notícias do PT

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