Conheça as secretárias e coordenadoras nacionais eleitas
Em entrevista, elas contam sobre suas expectativas da gestão para o ano de 2022 a 2025
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O Partido das Trabalhadoras e Trabalhadoras (PT) renovou as lideranças que ficarão à frente das setoriais e secretarias nacionais. Esses espaços de organização política interna, são importantes para a atuação na sociedade. Além da organização da militância petista, um dos objetivos é elaborar políticas públicas e subsidiar o partido em pautas e interesses específicos de cada setor social que representam.
Atualmente, o partido conta com 8 setoriais com status de secretarias nacionais: Mulheres, LGBT, Juventude, Meio Ambiente, Agrária, Cultura, Sindical e Combate ao Racismo.
Os setoriais nacionais somam 16 nas seguintes áreas de atuação: Educação, Saúde, Moradia, Segurança Pública, Segurança Alimentar, Direitos Humanos, Comunitário, Ciência e Tecnologia, Economia Solidária, Transportes, Pessoa com Deficiência, Assuntos Indígenas, Energia e Recursos Minerais, Inter-Religioso, Esporte e Lazer e Direitos Animais.
Conheça quem são as novas mulheres dirigentes, suas atuações e expectativas em relação à gestão para este ano de 2022.
Secretárias Setoriais
Anne Moura (Secretária Nacional de Mulheres)
Reeleita a Secretária Nacional de Mulheres do PT. Ela cresceu na periferia de Manaus e se tornou, em 2013, a mais jovem secretária nacional de desenvolvimento econômico do partido, aos 26 anos. A manauara ingressou em enfermagem na Universidade do Estado do Amazonas e atuou em conferências para a construção de lideranças femininas aptas a disputar a presidência de grêmios estudantis e centros acadêmicos, além da reivindicação por direitos indígenas, quilombolas e ambientais.
“A crise econômica atinge a classe trabalhadora como um todo, mas o fardo das mulheres é muito mais pesado, sobretudo das mulheres não brancas. Não há política pública possível que não caiba tirar as mulheres e suas famílias da situação de vulnerabilidade, como a pobreza e a extrema pobreza. Ao mesmo tempo, é preciso incidir sobre uma outra questão central na vida das mulheres: a violência doméstica. E, em paralelo, precisamos construir um conjunto de medidas para garantir o combate a todas as formas de violência contra as mulheres. Outra tarefa importante para este ano de 2022, é eleger mulheres diversas: Jovens, Negras, LBTs, Ribeirinhas, entre outras, nos cargos eletivos, deputadas e senadoras; além de sermos nós mulheres, as que serão protagonistas na construção da candidatura do Lula.
Nádia Beatriz Martins Garcia Pereira (Secretária Nacional da Juventude)
É mulher negra, bissexual, gorda e jovem goiana de 26 anos. Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, especialista em Marketing Eleitoral pela ESPM e recém eleita primeira mulher negra e LGBT Secretária Nacional de Juventude do PT.
“Precisamos de uma JPT que represente e organize as juventudes brasileiras para construirmos em 2022 uma grande festa da juventude com Lula durante a eleição e assim trazer de volta a esperança.”
Janaina Oliveira (Secretaria Nacional Lésbicas, Gays, Bisxexuais e Transexuais)
Secretária nacional LGBT do PT; militante da Rede Nacional de Negras e Negros LGBT; academica do curso de Direito.
“O que desejamos nesta gestão em 2022 é uma revolução colorida. Que promova ainda mais mudanças dentro e fora do partido. Que derrote Bolsonaro e eleja Lula para Presidente. E que tenhamos mais LGBTs nos espaços de poder.”
Coordenadoras Setoriais
– Elisângela dos Santos Araújo (Agrário)
É agricultora familiar natural de Valente, coordenadora de Formação e Educação Profissional da CONTRAF-Brasil/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar), e do Fórum Baiano da Agricultura Familiar, atuando ainda como assessora no mandato do Senador Jaques Wagner na Bahia. É integrante do Coletivo Agrário Nacional do PT desde 2012, em 2020 assumiu a Secretaria Agrária Nacional do partido, substituindo o Deputado Federal Patrus Ananias.
“Gestão nossa é compartilhada, e esperamos uma grande unidade de todos/as , ações formativas e politização da nossa base, debates internos externos sobre a importância das populações do campo das águas e das floresta no plano de governo. Vamos envolver mais participação da nossa militância nas eleições esse ano, pois essa será a grande prioridade para eleger o Lula.
Tani Rose Ribeiro ( Assuntos Indígenas Nacional)
Professora, Militante do Movimento Sem Terra (MST) e socialista. Formada em Pedagogia com especialização em Educação e Ciências, e pós-graduada em Metodologia do Ensino e Gestão da Educação Pública. Vereadora reeleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em Alfenas-MG, tem como principais bandeiras a segurança alimentar, meio ambiente, mulheres, direitos humanos e agricultura familiar. Atualmente está como presidenta do PT Alfenas e Coordenadora do Setorial de Assuntos Indígenas Nacional.
“Que em 2022 a direção nacional do PT consiga construir uma política integrada e um movimento com todos os setores da sociedade. Um PT que seja socialista e consiga abranger a diversidade brasileira, rumo à eleição do presidente Lula.”
Vanessa Negrini (Setorial de Direitos Animais)
É mestre e doutora em Políticas de Comunicação e Cultura (UnB); professora da disciplina Mobilização Pública e Direitos Animais na Universidade de Brasília; coordenadora executiva do Núcleo de Estudos sobre Direitos Animais e Interseccionalidades (NEDAI/Ceam/UnB); coordenadora Nacional do Setorial de Direitos Animais do PT; primeira suplente de deputada federal (PT-DF).
“Vamos reeleger Lula Presidente e ajudar a governar este Brasil com um programa comprometido com a vida das pessoas e de todos os animais. A COVID-19 ensinou que nossas vidas estão conectadas e dependem umas das outras, que respeitar os direitos animais é respeitar os direitos humanos. Por isso, vamos construir com o PT relações mais harmônicas entre todos os seres. ”
Tatiana Valente (Economia Solidária)
39 anos, Manauara, cabocla, católica, mãe de Gabriella , Ana e Gabriel, cooperativista, militante do movimento de economia solidária, pedagoga, estudante de direito, coordenadora setorial de economia solidária.
“Parafraseando Paulo Freire: É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…”
Teresa Leitão ( Educação)
Graduada em Pedagogia com especialização em Formação para o Magistério, Professora aposentada da Educação Básica, Ex dirigente sindical da educação ( Sintepe e CNTE), Ex presidente do PT municipal de Olinda, Ex presidente do PT estadual de Pernambuco, Membro do Diretório Nacional do PT, Deputada Estadual no curso do quinto mandato, Líder do PT na Assembleia Legislativa, Reconduzida à coordenação nacional do setorial de educação (Caed)
“Nossa gestão vai dar continuidade ao trabalho de articulação com todas as organizações do PT que tratam da educação ( NAPP, Núcleo no Congresso), bem como interagir com outros setoriais, com as coordenações estaduais e as gestões petistas. Avaliamos que a política educacional do atual governo foi um desastre no ataque aos direitos e que vamos precisar apresentar um plano de reconstrução vigoroso para a educação , em 2022.”
Eliane Cruz (Saúde)
Assistente Social. Educadora Popular. Mestra em Direitos Humanos e Cidadania. Doutora em Bioética.
“Aumentar nossa organização partidária. Eleger Lula e governadores e governadores, aumentar nossas bancadas de parlamentares. Qualificar os espaços de democracia participativa em favor dos movimentos sociais. Que a valorização da vida seja, em nossos programas de governo, construída por meio de um SUS forte.”
Adriana Aranha (Segurança Alimentar)
É doutora em Administração Pública, Transformação do Estado e Governo pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com estágio doutoral no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal; mestre em Administração Pública, pela Fundação João Pinheiro de Minas Gerais, com graduação em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É analista de Política Pública da Prefeitura de Belo Horizonte. Pesquisadora do CEM, Centro de Estudos das Metrópoles da USP. Participa da Rede Nacional de Pesquisadores de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional- Rede PenSSAN, do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e do Instituto Fome Zero.
“2022 será o ano de se fazer justiça e de possibilitar a retomada das diversas políticas de Segurança Alimentar e Nutricional, que tiraram o Brasil do Mapa da Fome, com o Presidente Lula. É hora de nos organizarmos em todos os Estados, fazermos formação e envolvermos a sociedade nessa grande missão. A fome tem pressa e ela só será resolvida com o desenvolvimento que busque o combate à pobreza e a desigualdade em nosso País.”
Lúcia Maria Mendonça (Transporte)
Engenheira Civil, especialista em Engenharia de Produção pela Federal de Santa Catarina(UFSC). Trabalhou no Ministério das Cidades, sendo Gerente do PAC Médias Cidades e do PAC Pavimentação 2ª e 3ª etapa. Atualmente é aluna do mestrado em Engenharia Civil pela Federal de Santa Catarina (UFSC).
“Neste ano de 2022, centraremos nossas atenções na luta pelo direito à cidade, efetivando o transporte como direito social. O recorte de classe é evidente no transporte coletivo e trabalharemos para engajar a militância do Partido dos Trabalhadores na luta por transporte gratuito e de qualidade e pela mobilidade acessível, inclusiva e segura. É necessário promover o debate no interior dos diretórios estabelecendo o elo entre a realidade do usuário e as soluções técnicas, é importante evidenciar os interesses que impedem o atendimento de qualidade. Salientamos também, nossa luta contínua pela não privatização dos correios, ferrovias , portos e rodovias; onde escoam as riquezas deste país.”