Consultorias e bancos rebaixam previsão de crescimento do PIB
Previsão de crescimento econômico do Brasil, em 2019, foi reduzida de 2% para 1,3%, diante do desemprego – que atinge mais de 13 milhões de brasileiros – e atividade industrial estagnada
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Jair Bolsonaro (PSL) já completou 100 dias na Presidência e o país assiste o número de desempregados crescer a cada mês – atualmente são 13 milhões. Ao invés de gerar vagas, ele quer cortar no bolso do trabalhador ao propor uma reforma que acaba com a aposentadoria. Diante deste cenário de desgoverno, consultorias e bancos do Brasil rebaixaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
O Itaú Unibanco revisou para baixo a expectativa de avanço econômico em 2019 de 2% para 1,3%, nesta sexta-feira (12). O banco também prevê um crescimento menor para 2020 – uma redução de 2,7% para 2,5%. Para a revisão, a equipe econômica do Itáu levou em conta o desemprego do país. Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o relatório da instituição indica que “os índices de confiança apresentaram recuo generalizado em março”.
O documento do banco destaca ainda a atividade industrial estagnada, com o uso da capacidade instalada ainda em patamar baixo. O relatório também constatou que não há sinais de melhora de investimento, o que é resultado da incapacidade de um governo que em mais de três meses nada fez para movimentar a economia do país. A expectativa do Itaú é que a medida de investimento deve apresentar nova queda no primeiro trimestre deste ano.
Até o otimismo do mercado financeiro despencou
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também revisou para baixo as perspectivas de crescimento do PIB e da indústria do país. Segundo a previsão da entidade, divulgada pelo site Poder 360, a economia brasileira não crescerá mais 2,7%, porcentagem calculada em dezembro. A CNI prevê um avanço de apenas 2%.
O novos cálculos da confederação levaram em conta a queda no otimismo do mercado financeiro, que aponta crescimento de 1,98% este ano. O gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, disse à publicação que “o ritmo da atividade no início do ano foi bem mais fraco do que se esperava”.
“O desemprego permanece alto, as famílias ainda não retomaram o consumo e as empresas enfrentam muitas dificuldades”, afirmou.
Da Redação Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo e Poder 360