Parlamentares criticam governo Bolsonaro pela alta do desemprego

IBGE informou nesta sexta-feira (29) que o número de desempegados atingiu 13,1 milhões de brasileiros

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A taxa de desemprego subiu para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, com um número estimado de 13,1 milhões de desempregados, informou nesta sexta-feira (29) o IBGE. Em dezembro, estava em 11,6% – em comparação com fevereiro de 2018, ficou estável (12,6%). São 892 mil desempregados a mais em três meses, crescimento de 7,3%, enquanto o total de ocupados encolheu 1,1% (menos 1,062 milhão). O desalento e o total de pessoas fora da força de trabalho foram recordes. Parlamentares do PT na Câmara criticaram a política econômica de Bolsonaro que fomenta o aumento do desemprego no País.

A última vez que a taxa esteve abaixo de dois dígitos foi em janeiro de 2016, ainda no período pré-impeachment: 9,5%. Atualmente, está três pontos acima. Se no período posterior à Reforma Trabalhista, o desemprego não aumentou significativamente, também não cedeu. O que cresce continuamente é a informalidade no mercado.

Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), ainda no governo ilegítimo de Temer, mentiram ao povo quando afirmaram que a Reforma Trabalhista geraria mais empregos. “Primeiro, disseram: a terceirização vai gerar milhões de empregos. Mentiram. Depois, disseram: a Reforma Trabalhista vai gerar milhões de empregos. Mentiram. Agora, dizem: a Reforma da Previdência vai gerar milhões de empregos. Atenção! Os mentirosos são sempre os mesmos”, alertou em sua conta no Twitter o parlamentar gaúcho.

De acordo com o instituto, o número de desalentados somou 4,9 milhões em fevereiro, atingindo novo recorde, estável no trimestre e com crescimento de 6% em um ano (275 mil a mais). O percentual é de 4,4%. Já a população fora da força de trabalho atinge 65,7 milhões, crescendo 0,9% em três meses (595 mil) e 1,2% em 12 meses (754 mil).

O total de ocupados é de 92,127 milhões. Cresceu 1,1% em 12 meses, com acréscimo de 1,036 milhão. Mas, como vem se tornando comum, o que cresce, basicamente, é o emprego no setor privado sem carteira (367 mil a mais, 3,4%) e o trabalho por conta própria (644 mil, 2,8%).

Os deputados mineiros Rogério Correia (PT) e Margarida Salomão (PT) também classificam o governo de Bolsonaro de incompetente. Correia é assertivo em sua conta no Twitter: “Mentiram: Reforma Trabalhista piorou a vida dos trabalhadores e não produziu emprego. E pior, desemprego no País sobe para 12,4% e atinge 13,1 milhões de pessoas. Reforma da Previdência, se passar, vai piorar a situação para jovens”. Margarida complementa: “O governo Bolsonaro pode ser resumido em duas palavras: incompetência e bravatas.”

O deputado José Guimarães (PT-CE) também indaga sobre os novos empregos que seriam criados com as mudanças na legislação trabalhista. “Desemprego dispara e atinge novo recorde de 12,4% em fevereiro. Cadê os empregos prometidos com a Reforma Trabalhista? Dizem a mesma coisa agora com a Reforma da Previdência”, alerta o parlamentar.

População subutilizada atinge recorde

A chamada população subutilizada – além dos desempregados, aquela que gostaria de trabalhar mais – chega a 27,9 milhões, outro recorde apurado na pesquisa, com mais 901 mil pessoas (3,3%) no trimestre e 795 mil (2,9%) em 12 meses. A taxa de subutilização da força de trabalho subiu para 24,6%.

Os empregados com carteira assinada no setor privado somam 33,027 milhões, enquanto os sem carteira são 11,128 milhões. E os trabalhadores por conta própria chegam a 23,779 milhões.

O rendimento médio foi estimado em R$ 2.285. Teve crescimento de 1,6% no trimestre e foi considerado estável no período de 12 meses. A massa de rendimentos (R$ 205,4 bilhões) ficou estável nas duas comparações.

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) desmente Bolsonaro no Twitter: “Governo do #Mico comemora criação de 173 mil empregos num período em que 892 mil pessoas perderam seus postos de trabalho. Os dados do IBGE apontam que o governo criou foi desemprego, que chegou a 12,4%”. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Helder Salomão (PT-ES), lembra que o “governo Bolsonaro completa 3 meses sem diálogo com o Congresso, 3 meses de política externa vexatória, 3 meses governando pelo Twitter, 3 meses sem propostas para a crise, 3 meses sem projetos para o País, portanto, o resultado não poderia ser outro: em três meses, mais um milhão de desempregados, conforme o IBGE”.

O deputado Joseildo (PT-BA), por sua vez, avalia que “enquanto o presidente ancora suas prioridades em comemorações estapafúrdias, o povo vai sofrendo com ausência de um governo que se preocupe com a vida das pessoas. Aliás, ainda aguardamos, sentados, os empregos gerados pela Reforma Trabalhista”, cobra Joseildo.

Por PT na Câmara com Rede Brasil Atual

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