Convocação de filho de Lula tinha objetivo ‘meramente político’, afirma Pimenta

Para o deputado, a publicação do relatório final fica claro que essa era uma tentativa da mídia de atingir o ex-presidente Lula

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Paulo Pimenta em pronunciamento na Câmara

O relatório apresentado pela CPI do Carf nessa quinta-feira (26) não incluiu o pedido do presidente da comissão, o senador Ataídes Oliveira (PSDB), de pedir a convocação do empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), isso é mais uma prova “evidente” que era mais uma tentativa de envolver o filho de Lula nas investigações “exclusivamente” por interesses políticos.

“Agora com o relatório fica evidente que a tentativa de envolver o filho de Lula, que não tinha absolutamente nada com o Carf e com o esquema de sonegação e corrupção, era exclusivamente um interesse midiático de atingir a imagem de Lula e seus familiares”, afirma Pimenta.

“O relatório é categórico nesse sentido e revela mais uma vez a manipulação na maneira como as informações são trabalhadas com o objetivo de natureza política”, ressalta.

A CPI foi criada para investigar suposta manipulação em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão da Receita Federal, para favorecer empresas investigadas por crimes de sonegação de impostos. Esse esquema é investigado na Operação Zelotes, na Câmara dos Deputados, e o prejuízo é avaliado em R$ 19 bilhões.

“A CPI do Carf teve um foco original, assim como a Zelotes, que é investigar o grande esquema de sonegação e corrupção das empresas, escritórios de advocacia e auditores. Com a divulgação do relatório, a grande expectativa é que venha à tona as denúncias do Ministério Público a cerca desses grandes sonegadores. Essas denúncias deveriam ter sido divulgadas em julho e até agora nada”, afirma o deputado.

Entre as 28 pessoas indiciados, está o ex-vice-presidente tesoureiro da Asssociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Mauro Marcondes e o sobrinho de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Carlos Juliano Ribeiro Nardes.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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