CPMI das Fake News: Bolsonarismo financia milícia digital com dinheiro público

O dinheiro do contribuinte é utilizado para bancar, pelo menos, 1,87 milhão de robôs que espalham fake news nas redes sociais

Alessandro Dantas

Em depoimento na audiência da CPMI das Fake News, nesta quarta-feira, a deputada Joice Hasselmen (PSL-SP) deu grande contribuição para desvendar a organização criminosa nas redes sociais em favor do bolsonarismo. “As instruções eram passadas pelo gabinete do ódio. Principalmente pelo Eduardo e assessores ligados a ele. Carlos [Bolsonaro] também teve muita atividade, mas está com o freio de mão puxado”, esclareceu ela.

De acordo com levantamento apresentado pela deputada, somente as contas oficiais do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, totalizam cerca de 1,87 milhão de robôs. Segundo a parlamentar, os bolsonaristas utilizam ao menos cerca de  R$ 490 mil do dinheiro público, por ano, para difundir fake news. Essa verba seria destinada ao “gabinete do ódio”, criado para cuidar da comunicação do presidente.

Os operadores da rede, de acordo com Hasselman, são comandados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Identificado o alvo do ataque, são criadas as fake news que são enviadas aos “multiplicadores” via whatsapp. No momento seguinte, são ativados os robôs que espalham as informações falsas pelas redes sociais. O modus operandi foi utilizado na campanha eleitoral e permaneceu ativo durante o primeiro ano da gestão do presidente Bolsonaro.

Por PT no Senado

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