Debate do PT de São Paulo discute comunicação e retrocesso
Evento contou com Paulo Henrique Amorim, Bia Abramo e Rachel Quintiliano, debatendo possibilidades de atuação e desafios da militância via Internet
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Para um público de quase 500 pessoas que lotou o auditório, o debate Comunicar Para Enfrentar o Retrocesso, realizado pelo PT municipal de São Paulo na noite desta sexta-feira (10), discutiu as possibilidades de atuação e os desafios da militância via Internet, contando com a presença dos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Bia Abramo e Rachel Quintiliano.
Também estiveram presentes os vereadores do PT Eduardo Suplicy e Juliana Cardoso, além da secretária de formação Bárbara Corrales.
A jornalista Bia Abramo destacou que na internet ocorre uma certa equalização dos produtores, sendo que um usuário doméstico pode chegar a ter tanto alcance quanto uma grande empresa, mas que isso também facilita a disseminação de informações falsas.
“A Internet é uma caixa maravilhosa de possibilidades, que junta as pessoas como outros meios não conseguiram, possibilita certa horizontalidade na comunicação, e justamente por isso tem um descontrole”, afirmou
“Como a gente faz comunicação democrática de fato em um ambiente tão complexo como a internet?”, questionou Bia. “A Internet é muito fácil de operar, mas ela é complexa de entender. Temos que nos munir de leituras e descobrir a linguagem da internet para usá-la a nosso favor”.
Já o jornalista Paulo Henrique Amorim destacou o fato de que a lei que regulamenta o rádio e a televisão no País data de 1963. Ele também lembrou que a Rede Globo foi criada dois anos depois e que hoje é uma das responsáveis pela manutenção dessa legislação.
Amorim ainda ressaltou que muitos anunciantes estão migrando para a internet e em breve, empresas como Google e Facebook terão mais anunciantes que a televisão aberta.
A jornalista Rachel Quintiliano relembrou o exemplo da imprensa negra abolicionista, que data de 1833 e já lutava contra o retrocesso, como exemplo para pensar a comunicação hoje.
“Esse país foi construído com base em retrocesso. A gente tem que desconstruir o Brasil e fazer de novo. Se a gente não considerar que o retrocesso é machista, racista, sexista e misógino, a gente não vai avançar, pq estamos lidando com as pessoas que sofrem com esse tipo de discriminação”, afirmou.
Confira na íntegra como foi o debate:
Acompanhe a abertura do Seminário "Comunicar para enfrentar o retrocesso"com Paulo Henrique Amorim, Bia Abramo e outros…
Publicado por Partido dos Trabalhadores em Sexta, 10 de novembro de 2017
Da redação da Agência PT