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Deputados do PT se pronunciam sobre julgamento de Bolsonaro

Parlamentares destacam gravidade do plano golpista e pedem punição exemplar

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Divulgação/STF

"Sem anistia!", conclamam os deputados do PT

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na última terça-feira (25) o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados pela tentativa de golpe de Estado. A decisão será proferida nesta quarta-feira (26). O caso, analisado pela 1ª turma do STF, tem como base as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontam a organização de um plano golpista desde 2021. 

Ao longo do julgamento, deputados do Partido dos Trabalhadores reforçaram a necessidade de responsabilização dos envolvidos, em declarações publicadas em suas redes sociais.

Desmontagem de tese e reparação histórica

Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, enfatizou o fato do ministro Alexandre de Moraes ter desmontado a tese “de que STF só prendeu “senhorinhas indefesas” no julgamento de golpe de Estado”. E conclamou: “Sem anistia!”.

Jilmar Tatto (SP), secretário nacional de Comunicação do PT, ressaltou a importância histórica do julgamento em curso, que pode finalmente começar a reparar os danos causados pela ditadura militar. “O STF pode entrar para a história ao tornar réus militares generais, uma resposta à ferida que o nosso país ainda tem”, declarou.

Já Rogério Correia (MG), více-lider do PT na Câmara e integrante da CPMI do 8 de Janeiro, destacou a importância do julgamento e alertou para o risco de fuga do ex-presidente. “Hoje é um dia importante para o Brasil e a democracia brasileira. As provas são muitas de que Jair Bolsonaro e seu núcleo, que estão sendo julgados hoje, têm responsabilidade na tentativa de golpe. Não tenho dúvida de que Bolsonaro vai se tornar réu por esse acúmulo de provas, mas o risco que nós tememos é ele tentar uma fuga”, explicou.

Para esse motivo, Correia e Lindbergh solicitaram ao STF medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de que Bolsonaro deixe Brasília sem autorização judicial.

Leia mais: 8 de janeiro de 2023: dois anos após atos golpistas, democracia segue fortalecida

“Não era apenas um plano de golpe, mas de assassinato”

Zeca Dirceu (PR) relembrou a gravidade dos eventos de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que o plano de Bolsonaro e seus comparsas ia além do golpe. “Não era só um plano de golpe, mas também de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Foi algo trágico e precisa ser punido com rigor”, declarou. O parlamentar afirmou que aguarda ansiosamente a condenação de todos os culpados.

Por sua vez, Natália Bonavides (RN) reforçou que não pode haver anistia para os envolvidos. “A bandeira ‘Sem Anistia’ deve ser defendida por todos que acreditam na democracia. Precisamos garantir que as instituições se fortaleçam e que não haja impunidade”, argumentou. A deputada também destacou que o país deve dar um exemplo ao mundo, punindo os responsáveis pelos atos golpistas.

Marco histórico

Helder Salomão (ES), também ex-prefeito de Cariacica, classificou o julgamento como um marco histórico. “O Brasil já enfrentou várias tentativas de golpe, mas nunca puniu os responsáveis. Estamos mostrando ao mundo que a democracia deve ser protegida e que atos golpistas não podem ficar impunes”, disse.

O advogado criminalista Vicente Viana, que comentou o julgamento no estúdio do PT na Câmara, ressaltou que a denúncia da PGR se baseia em provas robustas e destaca que o plano golpista foi gestado desde 2021, muito antes das eleições. “O grupo criminoso trabalhou para desacreditar as instituições e criar um ambiente propício para desrespeitar o resultado eleitoral”, explicou.

Da tribuna da Câmara, Luiz Couto (PB) não poupou críticas aos envolvidos e destacou a gravidade do momento para a democracia brasileira. “O relatório que hoje foi lido não é apenas um documento jurídico. É a prova incontestável de uma traição”, afirmou o parlamentar, ao ressaltar que as evidências apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) revelam um esquema criminoso conduzido “nos porões do poder”. 

“Jair Bolsonaro não é um político. É o líder do golpe. Um homem que, cercado por generais, delegados e milicianos de colarinho branco, arquitetou um golpe covarde contra o povo brasileiro”, denunciou Couto.

Com a continuidade do julgamento, os parlamentares do PT seguem pressionando para que a denúncia seja aceita e que Bolsonaro e seus aliados sejam responsabilizados. A expectativa é que o STF dê uma resposta firme, reafirmando o compromisso do Brasil com a democracia e o Estado de Direito.

Leia mais: Ministros do STF reforçam gravidade de plano golpista liderado por Jair Bolsonaro

Da Redação, com PT na Câmara

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