Quer dizer que Deltan reescreveu a delação de um diretor da Petrobras para incluir coisas que incriminassem o PT? Que o @cnmp_oficial o puna com rigor. Porque cretinices desse tamanho arruínam a credibilidade do Ministério Público. E a democracia precisa de um MP forte.
— Bohn Gass (@BohnGass) October 17, 2021
Paulo Pimenta destacou ainda, em suas redes sociais, que “faz anos que denuncio a quadrilha da Lava Jato e seus esquemas para enriquecerem. Já pedi a prisão de Moro, Dallagnol e toda a quadrilha diversas vezes. O escândalo da delação de Barusco, que veio à tona ontem, é só mais um da indústria de delação criada pela República de Curitiba”.
Faz anos que denuncio a quadrilha da Lava Jato e seus esquemas para enriquecerem. Já pedi a prisão de Moro, Dallagnol e toda a quadrilha diversas vezes. O escândalo da delação de Barusco, que veio à tona ontem, é só mais um da indústria de delação criada pela ORCRIM de Curitiba. pic.twitter.com/GGmFCo6dWl
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) October 17, 2021
O deputado Rogério Correia (PT-MG) foi enfático: “É preciso prender Deltan Dallagnol, o cretino, e para isto o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) precisa abrir investigação contra ele e não proteger seus crimes!”
É preciso prender @deltanmd o cretino e para isto o @cnmp_oficial precisa abrir investigação contra ele e não proteger seus crimes!
Exclusivo: Dallagnol escreveu parte da delação de Barusco e incluiu PT por "fins políticos" https://t.co/5eJmsEGwrU
— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) October 16, 2021
Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP), Dallagnol, o tempo todo, “pousou de bom moço, porém agia como chefe de quadrilha. O deputado afirmou ainda que, “se ainda houver seriedade, o MPF deve expulsá-lo da instituição e Dallagnol deverá responder pelos seus crimes. “Essa cara hipócrita de bom moço, cristão, rapaz honrado, não passa de farsa, como a que você ajudou a montar para eleger Bolsonaro”, protestou.
Ainda em outra postagem na sua conta no Twitter, Nilto Tatto enfatizou que as acusações contra o procurador Dallagnol são sérias demais para passarem em branco e indagou: “Até quando o MPF vai passar pano e fingir não ver os crimes cometidos por Dallagnol?.
A acusaões contra o procurador Dallagnol são sérias demais para passarem em branco.
Até quando o @MPF_PGR vai passar pano e fingir não ver os crimes cometidos por @deltanmd ?Dallagnol escreveu delação de Barusco e incluiu PT por “fins políticos”https://t.co/0h5PCe2kgr pic.twitter.com/1WZq34JR2j
— ?? Nilto Tatto – #ForaBolsonaro ? (@NiltoTatto) October 17, 2021
O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) afirmou, também em suas redes sociais, que “a ficha corrida do mafioso Deltan Dallagnol só não é maior que a hipocrisia dele, um falso cristão que tem lugar cativo no Nono Círculo do inferno, destinado aos traidores da pátria”.
A ficha corrida do mafioso @deltanmd só não é maior que a hipocrisia dele, um falso cristão que tem lugar cativo no Nono Círculo do inferno, destinado aos traidores da pátria.
Dallagnol escreveu delação de Barusco e incluiu PT por “fins políticos”https://t.co/I2prDQsfDa
— Deputado Alencar (@AlencarBraga13) October 17, 2021
A deputada Maria do Rosário (PT-RS), ao comentar o fato em suas redes sociais, afirmou que Dallagnol escreveu o que queria em uma delação que cabia a ele próprio homologar. “É um crime, um escárnio, uma vergonha que até agora não tenha sido responsabilizado”, criticou.
Dallagnol escreveu delação para incluir o PT.
Escreveu o que queria em uma delação q cabia a ele próprio homologar. É um crime, um escárnio, uma vergonha q até agora não tenha sido responsabilizado. https://t.co/TLSUr1dU05
— Maria do Rosário (@mariadorosario) October 17, 2021
Jogo rasteiro
Na avaliação do deputado Enio Verri (PT-PR), Deltan Dallagnol transformou a delação e ações no MP em seus joguetes para interesses políticos. “Escrever parte da delação do Pedro Barusco para incriminar o PT é rasteiro. Arquitetou para criminalizar o partido quebrando todos os princípios éticos e legais do cargo que exerce”, criticou. .
E o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) reforçou: “Então Dallagnol escreveu a delação de Pedro Barusco, colocando o PT no meio com fins políticos. A gente vem batendo nessa tecla há muito tempo. Dallagnol e sua trupe se juntaram para tirar o Lula do jogo político. Parece que o jogo virou, né?”
Também em suas redes sociais os deputados Rubens Otoni (PT-GO), José Guimarães (PT-CE), Helder Salomão (PT-ES) Leo de Brito (PT-AC), Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulão (PT-AL) divulgaram a matéria do DCM, consideram o fato “gravíssimo” e indagam quando Dallagnol será expulso do Ministério Público.
Nova versão da delação de Barusco
Conforme publicou o DCM, diálogos travados entre os procuradores Deltan Dallagnol e Athayde Ribeiro Costa, da operação Lava Jato, revelam que eles redigiram uma nova versão da delação premiada do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, no início do ano de 2015. Segundo a reportagem, a primeira versão da delação de Pedro Barusco, que menciona suposto acerto de propina entre funcionários de carreira da petrolífera, representantes de empreiteiras e políticos. Mas não citava explicitamente o PT.
A prática dos procuradores de Curitiba é ilegal. A norma brasileira que regulamenta e deu origem ao instituto da delação premiada no Brasil (Lei Nº 12.850, de 2 de agosto de 2013) veda expressamente que as autoridades constituídas sugiram versões, solicitem inclusões ou firam de qualquer modo a iniciativa do próprio delator sobre o que pretende levar a conhecimento dos órgãos de investigação e controle.
Segundo o DCM, “vale dizer: não é permitido que se construam delações customizadas por promotores ou procuradores, ao gosto de seus estratagemas processuais ou, no caso específico, políticos”.
É o que estabelece o artigo 4º da lei citada, que versa sobre as regras que devem ser observadas pelo juiz de Direito ao homologar um acordo de delação. Entre essas diretrizes, está a de certificar que todo o conteúdo da delação apresentada foi escrito espontaneamente pelo próprio delator, obrigatoriamente verificando a existência da “voluntariedade da manifestação, especialmente nos casos em que o colaborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares”.
Confira a reportagem completa do DCM.
Do PT na Câmara