Desemprego cai e chega a 7,8%, menor taxa desde fevereiro de 2015

Dado é da Pnad Contínua, que também aponta aumento de empregos formais e recorde da massa de rendimento dos trabalhadores. Já o Banco Central eleva projeção de crescimento do PIB de 2% para 2,9%

José Paulo Lacerda/CNI e Site do PT

Trimestre encerrado em agosto registrou 1,3 milhão de empregados a mais que o observado no trimestre imediatamente anterior

Não param de surgir números que confirmam: com Lula, o Brasil está no rumo certo. Nesta sexta-feira (29), o IBGE divulgou uma série de dados positivos sobre emprego no Brasil, com queda na desocupação, elevação do número de empregos com carteira assinada e recorde na massa de rendimento. E, ainda por cima, o Banco Central revisou de 2% para 2,9% a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano.

Os dados divulgados pelo IBGE são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O levantamento mostra que a taxa de desocupação foi de 7,8% no trimestre de junho, julho e agosto de 2023. É o menor índice desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%.

LEIA MAIS: Economia no rumo certo traz setembro repleto de boas notícias

Em relação ao trimestre anterior, houve queda de 0,5 ponto percentual (pp). E, em comparação ao mesmo trimestre dos anos anteriores, a melhora é ainda mais significativa. De junho a agosto de 2022, o desemprego estava em 8,9% (queda de 1,1 pp). E, no mesmo período de 2021, em 13,1% (queda de 5,3 pp).

Com a melhora da oferta de emprego, o contingente de pessoas desocupadas ficou em 8,4 milhões, o menor desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões. Segundo o IBGE, entre o trimestre de março a maio e o de junho a agosto, o número de desempregados foi reduzido em 1,3 milhão.

De acordo com a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, Adriana Beringuy, a população ocupada chegou a 99,7 milhões. “Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, explicou a pesquisadora, destacando que o emprego cresceu ou permaneceu estável em todos os grupos de atividade.

Carteira assinada e massa de rendimento

Os dados divulgados nesta sexta-feira revelam ainda que o número de empregados com carteira assinada (excluindo trabalhadores domésticos) foi o maior desde fevereiro 2015: 37,248 milhões. Isso significa que, de um trimestre para outro, o total de empregos formais aumentou em 422 mil. O número de empregados sem carteira no setor privado também cresceu, passando para 13,2 milhões, aumento de 2,1% no trimestre (mais 266 mil pessoas).

Já o rendimento real habitual do trimestre encerrado em agosto ficou estável na comparação com o tri de maio e foi de R$ 2.947. No ano, esse valor significa um crescimento de 4,6%. A massa de rendimento real habitual, por sua vez, chegou a R$ 288,9 bilhões e bateu recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

Ouça o Boletim da Rádio PT:

Projeção do PIB é elevada

Confirmando que a economia do país está no rumo certo, o Banco Central revisou de 2% para 2,9% a projeção de crescimento do PIB este ano. 

Segundo os analistas da autarquia, a revisão para cima se deve ao resultado surpreendente do PIB no segundo trimestre e a previsões “ligeiramente mais favoráveis” para a indústria, os serviços e o consumo das famílias no segundo semestre.

O BC aumentou de 10% para 13% a expectativa para o crescimento da agropecuária e de 0,7% para 2% o da indústria. Já o setor de serviços –que responde pelo maior impacto no PIB – a estimativa passou de 1,6% para 2,1%. 

Do lado da demanda, o BC aumentou as projeções para o consumo das famílias em 2023. A estimativa de crescimento passou de 1,6% para 2,8%, influenciada pelo aumento da renda disponível das famílias no segundo semestre.

Com tantos dados positivos, resta a dúvida apenas de quando o Banco Central comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto continuará freando a recuperação econômica, ao impor ao país a maior taxa de juros real do mundo.

Deputados do PT voltaram a cobrar o presidente do BC sobre o tema na quarta-feira (27), em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. “A alta taxa de juros está permitindo a transferência de recursos do setor produtivo para o setor rentista, e isso é muito negativo. A taxa de juros atual é opressiva e está segurando o crescimento do Brasil, impedindo o País de crescer de maneira sustentada”, observou o deputado Merlong Solano (PT-PI).

Da Redação

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast