DF tem serviço gratuito de castração de cães e gatos

O castramóvel pretende manter sob controle a proliferação de animais domésticos abandonados no DF

A Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Semarh), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Universidade de Brasília (UnB), lançaram um serviço gratuito de castração gratuita de animais domésticos. Trata-se do castramóvel, uma unidade veterinária itinerante que em dois meses  já realizou cerca de 100 exames e 60 castrações em diversas cidades do DF.

Segundo o subsecretário de Saúde Ambiental, Luiz Maranhão, o projeto é uma iniciativa que repercute nos serviços de saúde pública além de evitar a invasão de áreas de preservação ambiental, como o Parque do Lago Cortado, em Taguatinga, cidade distante cerca de 25 quilômetros do centro da Capital.

O espaço, segundo o representante do governo local, foi ocupado  por animais abandonados, que se tornaram selvagens e passaram a competir com os animais silvestres  e a atacar visitantes e servidores.

“Começamos por ele tanto pelo projeto de revitalização em andamento, quanto pelo fato de termos encontrado muitos animais nesta situação dentro dele”, disse Maranhão.

Além dos órgãos do governo local, a parceria conta com os esforços de organizações não-governamentais ligadas à causa animal. “O GDF entra com a infraestrutura, as ongs com a captura e encaminhamento dos animais e a UnB com a mão de obra especializada”, explica.

Progressão geométrica – Segundo a representante da Ong Anjos Protetores, Carolina Mourão, o serviço é importante para expor e ampliar o debate sobre o problema, mas ainda é insuficiente para  atender à demanda.

“É uma questão de saúde pública. Há no DF entre 90 e 80 mil cães e gatos abandonados”, afirma.

Segundo ela, a reprodução dos animais acontece em altíssima escala, o que pode aumentar o alcance desse problema. “Em sete anos, cada cão produz cerca de 40 mil descendentes”, exemplifica Carolina.

A Anjo Protetores defende que sejam instalados contêineres móveis com maior capacidade de atendimento por serem economicamente mais viáveis que o projeto desenvolvido no DF.

“Para dar conta do problema, seriam necessários pelo menos 50 castramóveis. Por outro lado, com 15 contêineres revezando-se pelas 31 regiões administrativas, o controle seria efetivo”, disse

Os interessados no serviço devem procurar a Subsecretaria de Saúde Ambiental da Semarh e seguir as etapas de convocação, exames pré-operatórios e cirurgia. Até o momento, a cidade de Taguatinga foi a que mais procura teve pelo serviço.

Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias.

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