Dilma está ‘tranquila’ e impeachment é ‘impensável’, diz Temer

Após reunião de coordenação política, o vice-presidente rebateu declarações da oposição, que insiste na tese do impeachment

O vice-presidente da República e articular político do governo, Michel Temer (PMDB), declarou, nesta segunda-feira (6), que não há crise política entre o Executivo e o Congresso Nacional.

“Essa especulação, se vou deixar a articulação política ou não, é um pouco fora de prumo, porque, na verdade, o que se espera do vice é que sempre ajude na articulação política. Em síntese, esteja eu designado pela presidente ou não, continuarei sempre na articulação política do país, não tenham a menor dúvida disso”, esclareceu durante coletiva de imprensa, após reunião de coordenação política, no Palácio do Planalto.

O vice-presidente da República comentou também as declarações feitas pelo senador Aécio Neves (PSDB), durante convenção do partido no domingo (5), de que a gestão da presidenta Dilma Rousseff “pode ser mais breve do que alguns imaginam”.

Temer ironizou a declaração do tucano e disse que o PSDB apenas cumpre o papel de oposição. “Esse ’em breve’, todos esperamos que seja daqui a três anos e meio, quando haverá novas eleições. No sistema democrático, a oposição existe para ajudar a governar, quando critica, fiscaliza, pondera, quando objeta, contesta, quando ela contraria, controverte, esta ajudando a governar, esse é o papel da oposição”, declarou.

Temer descartou a possibilidade de um impeachment da presidenta e considerou a hipótese “impensável”. Segundo o vice-presidente, Dilma Rousseff está sossegada quanto ao assunto.

“A presidenta está inteiramente tranquila em relação a isso, todos achamos que é algo impensável para o momento atual. Vejo essa pregação com muita preocupação, porque não podemos ter uma tese dessa natureza sendo patrocinada por vários setores, temos que ter tranquilidade institucional”, afirmou.

Sobre o conteúdo da reunião, Temer adiantou que o projeto que reduz a desoneração da folha de pagamento foi discutido e ressaltou que o governo têm tido apoio dos parlamentares para aprovar as medidas de ajuste fiscal.

“Aprovamos as três medidas provisórias do ajuste na Câmara e agora, volto a dizer, fecha-se o ciclo deste ajuste com a aprovação no Senado”, disse.

Participaram da reunião de coordenação política , Gilberto Kassab do Ministério das Cidades, o ministro Aldo Rebelo do Ministério da Ciência e da Tecnologia , além do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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