Dilma propõe integrar forças federais e estaduais como na Copa

Projeto prevê Centros de Comando e Controle em todas as capitais brasileiras, iguais aos que já existem nas 12 cidades que sediaram jogos

O governo federal enviará Proposta de Emenda Constitucional ao Congresso Nacional para alterar as atribuições da União na segurança pública do País, anunciou a presidenta Dilma Rousseff, na quarta-feira (27). “Para resolver o problema da segurança pública tem de ter responsabilidade da União. Queremos é que se possa construir uma política nacional comum. Vamos mandar (o projeto) o mais rápido possível (para o Congresso)”, diz Dilma.

A medida visa a integração entre as forças federais e estaduais, assim como ocorreu na Copa do Mundo 2014.

“Acreditamos que é impossivel que o Brasil continue tendo situação de fragmentação. Ela é ruim porque não usa aquilo que é melhor de cada um, não aproveita a experiência dada pelas melhores práticas. Não potencializa toda a sua inteligência, as ações de inteligência e investigação ficam dispersas. Consideramos que tem de alterar esse papel restrito da União”, comentou.

Para isso, Dilma quer que sejam construídos Centros de Comando e Controle em todas as capitais brasileiras. Ou seja, além dos 12 já existentes, seriam feitos mais 15. A idéia é que essas centrais ajudem numa ação conjunta de segurança pública, e tornar permanente a experiência da Copa será o principal desafio, na visão da presidenta.

“Para criar Centro de Comando e Controle (CCC), o difícil não é construir os centros, comprar toda a tecnologia, colocar a disposição e usar o que tiver de melhor nessa área. O difícil é integrar as pessoas. Integrar pessoas foi o que acho que demos imenso passo. A capacidade de atuar em conjunto, conseguimos isso nas 12 cidades”, analisou.

Dilma justificou a proposta por considerar que a União não pode mais sem ficar com uma presença concreta na área da segurança dos estados. Hoje, o governo federal combate a criminalidade através da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal. Além disso, as Forças Armadas atuam nas operações de fronteira, ou quando são chamadas por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Agora, o Ministério da Justiça vai avaliar com as secretarias estaduais de segurança pública para discutir em que condições essa participação integrada vai acontecer. Dilma ressaltou que esta medida do governo não vão ampliar as funções das Forças Armadas, e nem altera a cadeia de comando das polícias em cada estado.

Durante a Copa, as Forças Armadas e as polícias estaduais, Federal, Rodoviária e o Ministério Público atuaram em conjunto por meio do mecanismo GLO. Na integração realizada durante os jogos, a autonomia de cada órgão foi respeitada, estimulando a atuação em conjunto.

 

Da redação da Agência PT de Notícias

 

PT Cast