Efeito Lula: atividade da pequena indústria avança no 3º trimestre, aponta CNI

Índice de Desempenho da Pequena Indústria, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), passou de 45,4 pontos, no segundo trimestre, para 47,5, no terceiro

José Paulo Lacerda/CNI

"Faz o L": CNI atesta que o ambiente de negócios para as pequenas indústrias melhorou no governo Lula

Levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta segunda-feira (4), trouxe boas novas para o segmento: a pequena indústria avançou significativamente no terceiro trimestre. Os números comprovam o aquecimento da economia e os acertos do programa federal Nova Indústria Brasil (NIB) – lançado em janeiro pelo governo Lula visando à industrialização do país. O chamado Índice de Desempenho da Pequena Indústria passou de 45,4 pontos, no segundo trimestre, para 47,5, no terceiro.

De acordo com o Panorama da Pequena Indústria (PPI), o resultado ficou acima da média histórica (44 pontos) e superou também o desempenho registrado no mesmo período do ano passado (45,5 pontos). Marcelo Souza Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, destaca o volume de produção, o número de empregados e a utilização da capacidade instalada efetiva como fatores determinantes da alta no setor.

“Todos esses índices foram mais positivos na passagem do segundo para o terceiro trimestre e em comparação ao mesmo período de anos anteriores”, confirma.

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Saúde financeira

Azevedo elogiou ainda a melhora da saúde financeira das pequenas indústrias. O Índice de Situação Financeira – que mede a satisfação dos empresários com o lucro operacional e com as finanças das empresas – cresceu 1,7 ponto no período analisado pela CNI, atingindo a marca de 42,8 pontos.

“As condições financeiras das pequenas indústrias melhoraram na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Foi uma alta um pouco mais modesta do que a gente vê com relação a desempenho, por exemplo, mas caminhou positivamente”, reconhece.

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O indicador de satisfação dos industriais está 4,2 pontos acima da média histórica, o que mostra, de acordo com a CNI, “que a situação financeira [das empresas] é mais favorável que o usual”. Na comparação com o mesmo período de 2023, ele é 1,4 ponto superior.

Em outubro, a confiança dos donos das indústrias, medida pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial, manteve-se estável em 51,9 pontos, confirmando o otimismo deles com os rumos da economia do país.

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Já o Índice de Perspectivas, que captura a expectativa em relação aos próximos seis meses, também permaneceu estável, em 49,8 pontos, acima da média histórica (46,9 pontos).

Nova Indústria Brasil

O NIB vai impulsionar a indústria nacional até 2029. São mais de R$ 1,6 trilhão em investimentos públicos e privados. A nova política do governo federal está ancorada em seis missões, referentes à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro.

A maior parte dos recursos do Estado – R$ 300 bilhões – são provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Da Redação, com CNI, Agência Brasil

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