Efeito Lula: em um ano, insegurança alimentar severa cai 85% no país

Dados divulgados pela FAO nesta quarta-feira (24) revelam impacto das políticas do governo no combate à pobreza e apontam que país se aproxima mais uma vez da saída do Mapa da Fome

Roberta Aline (MDS)

Rumo a um quadro de fome zero no país: documento da FAO mostra que as políticas do governo Lula são exemplo ao mundo

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apresentou nesta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro, o relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI). O documento traz boas notícias para o Brasil. Dados do triênio 2021-2023 mostram uma redução significativa na insegurança alimentar no país: de 32,8% entre 2020 e 2022 para 18,4% entre 2021 e 2023, uma queda de quase 44%.

Quando o foco é colocado sobre a insegurança severa, o número é ainda mais impressionante: ela é 85% menor que no triênio anterior. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comemorou o avanço: “Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo (…) Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição”.

Os resultados são inegavelmente consequência direta das políticas públicas implementadas por Lula desde sua volta ao poder, em 2023. O presidente sempre definiu o combate à fome e à miséria como prioridade e para isso criou políticas de valorização do salário mínimo, incentivos ao pequeno agricultor, por meio do Programa Mundial de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e ampliou o Bolsa Família.

Mapa da Fome

Em 2014, o Brasil colhia os frutos dos dois primeiros mandatos de Lula (2003 a 2010) e dos anos iniciais de Dilma Rousseff. Nesta ocasião, pela primeira vez em sua história, o país conseguiu sair do Mapa da Fome, posição sustentada até 2018. Para isso acontecer, a taxa de falta crônica de alimentos precisa ser inferior a 2,5% da população por três anos consecutivos.

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No entanto, após o golpe midiático-parlamentar de Estado que tirou Dilma do poder, e em especial durante o catastrófico governo Bolsonaro, o país sofreu um enorme retrocesso na área, resultando na disparada da miséria, nas tristes imagens de filas do osso nos açougues, além do retorno em 2019 a esse indesejado Mapa.

Apesar de mostrarem visível avanço, os números revelados pela FAO para o triênio abrangem dois anos da gestão anterior (2021 e 2022). Os resultados das políticas do governo Lula já são vistos nos dados anunciados e começam a ser percebidos nas ruas, mas ainda trazem a herança de seu antecessor. Em 2025, espera-se que o país esteja novamente fora da lista dos famintos.

“Os dados desta edição nos deixam ainda mais confiantes de que iremos retirar o Brasil do Mapa da Fome no triênio 2023 a 2025”, comentou Wellington Dias. “No dado referente apenas a 2023, baixamos de 4,2% para 2,8% em um ano. Cresceu a chance de alcançar média trienal abaixo de 2,5%, o que será um novo recorde mundial”.

Brasil como exemplo e liderança

O feito brasileiro ganha ainda mais relevância frente aos dados globais trazidos pelo relatório SOFI, mostrando que praticamente não houve progresso nesse tema no âmbito mundial: em 2022, éramos 735 milhões de famintos no planeta; em 2023, somos 733 milhões. Se a tendência for mantida, em 2030 teremos em todo o mundo 582 milhões de pessoas cronicamente desnutridas.

O ministro Wellington Dias, entretanto, mantém seu otimismo em uma mudança de direção, principalmente com a atuação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, criada por Lula. A iniciativa teve pré-lançamento nesta data e será oficializada na reunião do G20, no Rio de Janeiro, em novembro deste ano.

“Se todos nós fizermos nossa parte com afinco, tenho certeza de que veremos os números da fome e também da pobreza caírem a cada nova edição do SOFI e de outros relatórios internacionais”, afirmou Dias. “Se tudo der certo, chegaremos à edição do relatório de 2030 podendo celebrar que a fome se tornou um problema do passado.”

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Da Redação, com Secom

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