Eleições 2020: Quem defende Goiânia e Anápolis é o PT

A dirigente nacional goiana Ludmilla Lima Barreto analisa os cenários políticos da capital de Goiás e da segunda maior cidade do estado, ambas com candidaturas petistas fortes nestas eleições municipais

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Ludmilla Lima Barreto é militante do PT/Goiás e integrante do Diretório Nacional do PT

No próximo dia 15, Goiânia e Anápolis terão seus rumos definidos. Goiânia, uma jovem e moderna cidade, a capital do cerrado mantém culturas e tradições como a gastronômica; por outro lado é vanguarda como na música e na vida noturna agitada.  Com o maior PIB do estado de Goiás (14º do país) e maior produção na área de serviços e da indústria, a cidade possui um alto potencial econômico.

Anápolis, com seu clima ameno, bem mais fresco que a capital, com o segundo maior PIB do estado, concentra no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) que é o maior distrito industrial da Região Centro-Oeste, o polo farmoquímico, o segundo maior do país, e completa o eixo econômico: Goiânia – Anápolis – Brasília.

Em Goiânia, ao caminhar pela cidade, nos deparamos com imensas áreas verdes, são bosques, praças, vias arborizadas, então parece ser possível esquecer, por um segundo, os problemas estruturais que afligem a capital do estado: trânsito, transporte público, saúde, falta de vagas nos centros municipais infantis e a implementação de um Plano Diretor deliberadamente alterado para atender interesses de poucos, nunca da população como um todo.

Mas a realidade sempre bate a nossa porta. E o momento eleitoral demonstra isso.

Goiânia tem 16 candidaturas à prefeitura nessas eleições, número superior ao de outras eleições. E podemos atribuir algumas razões para isso: alterações da reforma eleitoral, a desistência de Iris Rezende à reeleição e a falsa impressão da administração da cidade ser simples e organizada.

Temos candidatos de todos jeitos, gostos e credos, uma ampla cartela para escolha, mas estando a menos de 10 dias das eleições, o cenário vai se afunilando, mas longe de ser definido. Hoje, não sabemos o que esperar das urnas, os três primeiros colocados, PT, MDB e PSD,  seguem firmes em suas campanhas atrás do valioso voto.

Em Anápolis, é evidente o desmonte feito pelo atual prefeito, que sucedeu duas administrações do PT, com fechamento de postos de saúde, atendimento precário a população em diversas áreas, loteamento da prefeitura por simples conchavo político, a influência da política irresponsável do Bolsonaro fez com que os serviços parassem, pois nada que funcionava na administração petista poderia continuar, queriam fazer “diferente”, apagar a marca do PT e quem amargou quatro difíceis anos foi a população que assistiu inerte a precarização e a falta de desenvolvimento da cidade.

Em Anápolis, com a péssima avaliação do atual prefeito que vai à reeleição e com a até então desistência de Antônio Gomide, que era o primeiro nas intenções de votos, os partidos viram nesse cenário, uma chance de chegar à prefeitura, lançando também uma infinidade de candidaturas.

A candidata do PT em Goiânia é a Delegada Adriana Accorsi, atual deputada estadual, mais bem votada na cidade, filha do saudoso Prof Darci Accorsi que vem empolgando e trazendo muita esperança no sucesso da candidatura e a possibilidade de chegar ao segundo turno, levando a expressão de quem quer uma cidade melhor com propostas ousadas e viáveis. O povo de Goiânia cansou de uma cidade apática, com problemas cotidianos e repetitivos, em que a única saída é se acostumar e não se importar, tornando a rotina das pessoas cada vez mais penosa, mas sem alternativa de melhoria.

Em Anápolis, o povo sentiu na pele a diferença de projetos, o que é ter um prefeito que preocupa com as pessoas, e outro que se preocupa com os arranjos políticos, e não tem compromisso com a cidade.

O PT com Antônio Gomide está disparado na frente, mesmo com a postulação tardia, candidatura colocada no último dia das convenções, falta de estrutura, epidemia que impede uma campanha mais massiva na rua e perseguição do atual prefeito Roberto Naves (Progressistas) que determina via decretos esdrúxulos com o único intuito de coibir a campanha eleitoral e utiliza-se dessa estratégia para tentar inviabilizar a vitória do PT ainda no primeiro turno.

Sobre o antipetismo tão falado nas últimas eleições, 2016 e 2018, ele ainda existe mas perdendo cada vez mais força e narrativa, com as denúncias de corrupção cada vez mais frequentes do clã do presidente e o desempenho pífio da economia, fica difícil se opor ao projeto que deu certo no Brasil que foi os governos Lula e Dilma.

Esses que ainda insistem que o “PT quebrou o Brasil” usam a desculpa da pandemia e dizem:  “- não vou votar,  não adianta vai ficar tudo igual”, e continuam: “- para as eleições não existe Coronavírus,  então já que não deixam a economia crescer, o comércio e escolas não podem funcionar, também não vou votar.”

Por fim, em relação a 2016, somos mais que vencedores. Hoje, somos bem recebidos nas ruas das cidades o povo acolhe a campanha do PT com alegria e manifestações de apoio.  Nas últimas eleições municipais, foi bem diferente: quem apoiava o PT tinha vergonha de anunciar, por medo de represálias e ignorâncias; quem era contra não tinha o menor respeito e passávamos por situações deprimentes e violentas nas ruas, mas isso não deteve nenhum petista que sabe que lado está e a razão de sua luta cotidiana.

Nessas eleições, quem irá às urnas no próximo dia 15 serão os que tem certeza da importância do voto, tomarão todos os cuidados, mas não deixarão a cidade sem o compromisso do seu voto. Dessa forma não esmorecemos, continuamos a conversar com o povo na rua, e voltaremos a ter nossas cadeiras na Câmara Municipal de Goiânia, ampliaremos em Anápolis e vamos rumo à vitória nas prefeituras dessas duas cidades.

Afinal, já está no coração, na mente e nas lembranças do povo brasileiro: Quem defende você é o PT!”

Ludmilla Lima Barreto é militante do PT/Goiás e integrante do Diretório Nacional do PT

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