Eleitas: Mulheres do PT ampliam representatividade feminina na política em todo país
Levantamento preliminar registra 453 vereadoras eleitas pelo partido em 2020, maior do que o último pleito. Foram mais de 220 mulheres negras eleitas e LBT’s lideraram o salto, saíram de dois mandatos em 2016 e agora serão vinte.
Publicado em
Ana Clara, Redação Elas Por Elas
O Partido dos Trabalhadores aumentou a participação feminina nas Câmaras Municipais em todo país. Levantamento preliminar interno registrou 453 vereadoras eleitas contra 444 em 2016. As regiões que lideraram esse desempenho, em tempos tão desafiadores, foram Sul, Nordeste e Sudeste. Em primeiro lugar, Rio Grande do Sul (96), seguido de Bahia (60), Santa Catarina (47), SP (45), Piauí (43) e Ceará (41).
A garantia de candidaturas diversas e representativas, um dos principais esforços do projeto Elas Por Elas, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, também demonstrou resultado nas urnas. O PT elegeu 226 vereadoras que se auto declararam negras e pardas em todo país, um avanço para a construção e a consolidação combate ao racismo e o fortalecimento da pauta antirracista.
“Para além do número de eleitas, tivemos uma participação combativa e efetiva das mulheres na disputa ideológica no âmbito dos municípios. Cada uma que colocou seu corpo, sua mente, seu coração e seu tempo na batalha por um projeto mais humano e solidário de sociedade também sai vitoriosa. Investimos em cada uma delas, porque não apenas as candidatas, eleitas ou não, mas todas as mulheres saem fortalecidas desse processo”, salienta Anne Moura, Secretária Nacional de Mulheres do PT.
As candidaturas lésbicas, bissexuais, transexuais e com representação LBT em coletivos somaram vinte mandatos eleitos. As lésbicas lideraram a frente com dez vereadoras eleitas, depois bissexuais (3), transexuais (4) e coletivo (3). Um avanço expressivo em relação a 2016 em que o PT registrou apenas dois mandatos LBT’s e uma participação rotativa em coletivo eleito. O investimento na juventude apareceu nas mais de 40 candidaturas de mulheres jovens que foram eleitas este ano. O partido também elegeu três vereadoras indígenas e quatro amarelas.
2020 foi o primeiro ano em que os partidos foram obrigados a cumprir a cota de 30% de candidaturas femininas para as eleições municipais. Além das vagas, a reserva de 30% do fundo eleitoral partidário para financiar candidatas e a aplicação do mesmo percentual ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.