Eletricitários pressionam Congresso contra privatização da Eletrobras
Campanha “Salve a energia – pelo futuro do Brasil” foi lançada para alertar parlamentares e sociedade sobre os riscos de apagões, contas de luz mais caras e ataque à soberania nacional
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A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) lançaram a campanha Salve a Energia – pelo futuro do Brasil para evitar a privatização da Eletrobras pelo governo Bolsonaro.
De acordo com os organizadores, a campanha tem o objetivo de informar a população sobre a importância da manutenção da Eletrobras como estatal. Durante o lançamento, as entidades representativas dos eletricitários alertaram a população sobre os riscos da privatização com relação a apagões, contas de luz mais caras e como forma de se atacar a soberania nacional.
Os sindicalistas lembram que em 2017, com o anúncio da inclusão da Eletrobras no Plano Nacional de Desestatização (PND) pelo governo de Michel Temer, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) elaborou a campanha Energia Não é Mercadoria. Agora, a luta contra a privatização da estatal avança para um novo estágio.
A nova campanha Salve a Energia – pelo futuro do Brasil visa denunciar e alertar sociedade e parlamentares sobre os prejuízos da privatização do setor elétrico ao País. “A população que já sofre com a dificuldade de acesso a serviços básicos como saúde, água e seguridade social não pode pagar mais essa conta. O povo brasileiro não merece lidar com ‘apagões’ e aumento desenfreado da conta de luz”, reafirma a campanha.
Para fortalecer a iniciativa, que conta com o apoio a participação de entidades sindicais, parlamentares, especialistas da área de energia e representantes de movimentos populares, foi criado o site www.salveaenergia.com.br onde está disponibilizado um abaixo-assinado para que as pessoas assinem e apoiem a campanha contra a privatização.
Além do lançamento da campanha realizado na semana passada, já foram realizados vários movimentos para fortalecer a pressão sobre as autoridades, como um twitaço contra a Medida Provisória 1.031/21, a MP do Apagão, que foi entregue pelo governo Bolsonaro para a Câmara dos Deputados.
Nas redes, a campanha usa #MPdoApagão para defender a Eletrobras pública e manifestar a indignação da população brasileira contra o desmonte do patrimônio público.
Da Redação