Em São Paulo mulheres marcham contra a violência e o golpe
No Dia Internacional da Mulher, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes que caminharam até o escritório da Presidência da República
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O Dia Internacional da Mulher foi marcado por atos em todos os estados do país pautados pela defesa da democracia e contra a retirada de direitos que tanto afeta as mulheres brasileiras. Em São Paulo não foi diferente. Milhares marcharam pela Avenida Paulista pedindo o fim da violência de gênero, rechaçando as reformas trabalhista e da Previdência e o golpe.
A concentração do ato começou às 16h na Praça Oswaldo Cruz, no bairro Bela Vista. No início da noite as mulheres caminharam pela avenida Paulista em direção ao escritório da Presidência da República, onde o ato foi encerrado com uma batucada unificada às 20h30.
A arte-educadora, Maria da Penha, esteve no ato com suas filhas adolescentes e destacou que é importante levar jovens para discutir o momento político do país. “Eu trago elas hoje para terem o convívio da batalha que nós temos que ter no dia-dia, de lutar para garantir que a mulher tenha voz, de se construir um país que seja possível viver melhor.”
Palavras de ordem contra o presidente golpista Michel Temer marcaram todo o percurso da marcha. Manifestações contra a reforma da Previdência e Trabalhista – que prejudicam mais as mulheres e pobres – eram pautas de muitos cartazes que foram levantados pelas mulheres.
Também foi realizada uma intervenção em frente à Loja Marisa em forma de protesto ao trabalho escravo e o apoio ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Para a integrante do Sindicato dos Químicos do ABC, Lucimar dos Reis, o sonho de país que ela busca construir vai além das pautas exclusivas femininas. Ela acredita que o fim da corrupção vai melhorar a vida de todos ”Eu quero um país livre, sem miséria, com as mulheres livres, com a democracia para todas e todos, um país sem corrupção.”
A vereadora Juliana Cardoso (PT-SP), ressaltou que é necessário igualdade de gênero e liberdade para as mulheres serem livres de preconceitos e violência. “Que a igualdade entre homens e mulheres prevaleça, que seja diferente do que acontece hoje, mulheres apanhando, mulheres sendo mortas, mulheres que ganham menos e trabalham muito mais. Vamos lutar pela garantia de politicas publicas para um país melhor e pelo direito de Lula ser candidato a presidente.”
O ato terminou de forma pacífica com a união das batucadas dos movimentos sociais presentes, pedindo pela saída do golpista Michel Temer em frente ao escritório da Presidência da República.
Da redação da Agência PT de Notícias