Em SP, 1º de maio terá manifestação contra o golpe no Anhangabaú
Dia do Trabalhador será novamente marcado por atos. Em SP, devem participar Dilma e Lula, e os artistas Chico César, Martinho da Vila e Beth Carvalho
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Os movimentos de resistência ao golpe e de defesa da democracia preparam atos em todo o país no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador. Na cidade de São Paulo, a concentração convocada pela Frente Brasil Popular será no Vale do Anhangabaú.
“Democracia, nenhum direito a menos: não vai ter golpe”, diz a chamada do evento. Estão previstas as participações de Chico César, Luana Hansen, Detonautas, Martinho da Vila e Beth Carvalho. A manifestação começa às 10h, com ato inter-religioso; 12h, ato político, com presença da presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, e a partir das 14h, ato cultural.
Parte dos atos terá a coordenação da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, com a intenção de pressionar o Senado Federal a votar pelo encerramento da tentativa de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Além dessas duas entidades, diversos sindicatos e organizações sociais promoverão eventos em todo o País para tentar bloquear o julgamento inconstitucional autorizado pela Câmara.
Ao anunciar a jornada de mobilização, a Frente Brasil Popular afirmou que o Brasil não aceitará um governo chefiado por um presidente que não foi eleito por voto direto, após um impeachment conduzido por parlamentares envolvidos em casos de corrupção. “Orientamos igualmente à organização imediata de atividades regionais e setoriais que expressem a repulsa do mundo da cultura, do trabalho e da democracia contra o impeachment”, convoca a Frente.
“A Frente Brasil Popular conclama a sociedade brasileira a continuar nas ruas com atos, paralisações e manifestos e também continuar a organização dos comitês em defesa da democracia e contra o golpe nos municípios, escolas, universidades e categorias profissionais”.
No dia da votação do impeachment na Câmara, a Frente Brasil Popular e a Frente Brasil sem Medo emitiram uma nota afirmando que aquela data – 17 de abril – coincidia com o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e que entrará para a história do país como mais um “dia da vergonha”.
Confira a agenda de mobilizações já anunciadas.
Da Redação da Agência PT de Notícias