Em SP, “rolezinho” em frente a shopping pede ‘Volta, querida’
Manifestação pela democracia encontrou portas de shopping fechadas em São Paulo. Militantes seguiram, então, para protesto em frente ao escritório de Temer
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Militantes em defesa da democracia e contra o governo golpista de Michel Temer foram ao Shopping Iguatemi, na cidade de São Paulo, no final da tarde de terça-feira (7), mas encontraram todos os acessos fechados. O objetivo era fazer um “rolezinho” para protestar contra a corrupção nos ministérios nomeados pelo interino biônico e contras as perdas das políticas sociais. Além disso, os manifestantes pediam o retorno da presidenta eleita Dilma Rousseff à Presidência.
O ato foi convocado pela Frente Povo Sem Medo. Para tentar impedir a manifestação, o shopping encerrou expediente mais cedo, antes das 17h, e a Polícia Militar fizeram a segurança das portas da frente. Havia viaturas da tropa de choque no local.
“Aqui está o povo sem medo, sem medo de lutar!; Fora Temer; queremos entrar; pisa ligeiro, quem não pode com formiga não atiça o formigueiro e periferia chegou” foram as principais palavras de ordem.
“Shopping racista, preconceituoso e da elite”, disseram os manifestantes em jogral, em repúdio às portas fechadas. Afirmaram ainda: “nossa luta é contra o racismo, contra Temer, que representa donos de espaços como estes. Sairemos daqui e faremos nosso rolezinho na cidade, no bairro da elite. Sairemos daqui e deixaremos nossa marca: racistas, golpistas, não passarão!”
“Vamos fazer nosso rolezinho sem Temer!”, reforçaram e, em seguida, tomaram a avenida Faria Lima.
Depois da manifestação no shopping, os militantes seguiram em protesto para o imóvel onde funciona o escritório de Michel Temer em São Paulo, o edifício Lugano. O prédio está registrado no nome do filho caçula do golpista, Michelzinho.
No local, eles deixaram bagaços de laranja como recado: “vamos devolver as laranjas de Temer”.
Por volta das 18h40, uma mulher foi detida, sob alegação de “depredar”. Ela estava atirando cascas de laranja na fachada do edifício.
Por Daniella Cambaúva, da Agência PT de Notícias