FabLab Livre SP: Haddad leva alta tecnologia à periferia
Programa da Prefeitura de São Paulo oferece 12 laboratórios digitais públicos com tecnologia inovadora e de uso gratuito pela população
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São Paulo se tornou a primeira cidade do Brasil a oferecer espaços de fabricação digital públicos, de uso livre e gratuito. Chamada de FabLab Livre SP, é também a maior rede de laboratórios públicos do mundo, idealizada e construída pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).
São 12 unidades na cidade – há pelo menos um em cada região, para a periferia e para locais com maior circulação de pessoas.
“São espaços dotados de equipamentos modernos, de alta tecnologia, que a gente diz que são capazes de fabricar quase qualquer coisa. (…) É um espaço que potencializa a criatividade e insere as pessoas da cidade no que existe de mais moderno em fabricação digital no mundo”, afirmou o coordenador de Conectividade e Convergência Digital, João Cassino, da Secretaria de Serviços.
Alguns dos equipamentos são impressora 3D, cortadora à laser, fresadoras (para corte de diversos materiais), permitindo que as pessoas aprendam marcenaria, robótica, eletrônica, modelagem 2D e modelagem 3D, por exemplo. A impressora 3D serve para materializar, em 3 dimensões, algo que existia somente em informação digital. Ou seja, dá forma a um objeto produzido e modelado em 3D no computador.
“Este programa foi pensado prioritariamente para atender à periferia de São Paulo”, explicou Cassino.
Por meio da Coordenadoria de Conectividade e Convergência Digital, a prefeitura construiu pelo menos um laboratório em cada região da cidade, dando prioridade à periferia e às regiões com maior circulação de pessoas. O primeiro foi entregue em dezembro de 2015, no Centro Cultural Cidade Tiradentes. O último foi na Chácara do Jockey, em abril de 2016.
FabLab é uma iniciativa que ganha força no mundo, segundo Cassino. Surgiu nos Estados Unidos, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), baseada nos laboratórios hackers e começou a crescer nas principais cidades do mundo. São Paulo, ressaltou o coordenador, é a única que possui uma rede pública, por iniciativa da prefeitura.
“FabLab vem para complementar a política de inclusão digital da cidade de São Paulo. Já existiam os telecentros, que nasceram 15 anos atrás. Depois, no início da gestão Haddad, criamos o WiFi Livre SP, que coloca wifi nas praças e parques da cidade. Agora o FabLab complementa esta política, trazendo o que tem de mais avançado em tecnologia digital”, disse.
O líder de laboratório Ricardo Elias Delgado tem a tarefa de coordenar o funcionamento do laboratório localizado na Galeria Olido, no centro. Segundo ele, um dos objetivos é fazer com que as pessoas tenham contato com as tecnologias de fabricação digital.
Segundo Delgado, frequentam o laboratório pessoas de idades distintas, de crianças a idosos, com interesses diversos.
“Uma máquina que a pessoa quis produzir, ou uma cadeira, um objeto de decoração para a casa dela, alguma ideia que a pessoa teve, mas que não sabe como executar, mas sabe que é uma grande ideia, ela pode vir fazer aqui”.
Os FabLabs oferecem cursos e oficinas mensalmente para capacitar os alunos no uso das máquinas. Algumas das opções de cursos são: Introdução à Modelagem 3D e à Impressão 3D – qualifica os alunos na criação de moldes, posteriormente impressos em três dimensões -, Marcenaria, Inkscape (desenho digital), Scratch (programação de jogos).
“Qualquer pessoa pode usar o laboratório para fazer um projeto, um produto, desenvolver um protótipo”, explicou o líder de laboratório.
O uso é livre e gratuito para qualquer cidadão. No caso dos cursos, é preciso fazer inscrição, enviando um e-mail para o endereço cursos.fablab@itsbrasil.org.br ou presencialmente em uma das unidades.
Para aqueles que procuram desenvolver projetos pessoais, basta ir a um laboratório e procurar pela orientação dos técnicos.
Por Daniella Cambaúva da Agência PT de Notícias