FGV aponta crescimento de 3,5% do PIB em 2024

Segundo Monitor do PIB, expansão foi sustentada pela elevação no consumo e na indústria; entretanto, juros altos podem desacelerar alta em 2025

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Contrariando o mercado, sempre pessimista, o PIB brasileiro deve crescer entre 3,5% e 3,8% em 2024

O Monitor do PIB, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que a economia brasileira cresceu 3,5% em 2024, confirmando uma expansão mais equilibrada entre os setores produtivos. Diferente de 2023, quando o avanço foi impulsionado majoritariamente pela agropecuária e exportações, o crescimento no ano passado se espalhou ao longo da cadeia produtiva, refletindo o aumento da Formação Bruta de Capital Fixo (7,6%) e do consumo das famílias (5,2%).

Segundo Juliana Trece, coordenadora do estudo, o desempenho registrado em 2024 “conta uma história diferente” da observada no ano anterior. “Desde o início do ano, notou-se um crescimento mais disseminado entre as diversas atividades econômicas, além da retomada dos investimentos. Indústria, serviços e consumo das famílias apresentaram resultados ainda melhores em 2024 do que os já elevados de 2023. Em termos de atividade econômica, o Brasil teve um ótimo resultado”, afirmou.

Indústria e consumo das famílias impulsionaram a economia

Um dos grandes destaques do período foi o desempenho da indústria, especialmente no segmento de máquinas e equipamentos, que registrou alta de 12% após uma retração de 8,4% em 2023. Esse avanço foi fundamental para a elevação da Formação Bruta de Capital Fixo, que cresceu 7,6%, evidenciando um novo ciclo de investimentos no setor produtivo.

O consumo das famílias também teve papel fundamental, avançando 5,2% em 2024 – um salto expressivo em relação aos 3,2% registrados no ano anterior. De acordo com a FGV, todos os tipos de consumo contribuíram positivamente para o resultado, impulsionados por maior acesso ao crédito, aumento da renda e fortalecimento do mercado de trabalho.

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IBC-Br confirma avanço

Outro indicador que reforça o cenário positivo é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), também considerado uma prévia do PIB. Segundo os dados divulgados pelo BC na última terça-feira (17), o crescimento acumulado no ano foi de 3,8%.

O resultado superou as projeções iniciais do mercado, que no começo de 2024 previa um avanço de apenas 1,59%. O número foi destacado nas redes sociais pela deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. “Os pessimistas erraram feio mais uma vez e vão continuar errando sempre que apostarem contra o Brasil e o governo do presidente Lula. Emprego, salário, renda, investimentos, inovação e financiamento são os motores do crescimento e da reconstrução do país. Vamos em frente”, escreveu.

Em sua coluna em O Globo, a jornalista Miriam Leitão também comenta os bons números. “O Monitor do PIB, medido pela FGV, apontou crescimento de 3,5% na atividade econômica em 2024. Um ótimo resultado”, escreveu. “Já o IBC-Br, do Banco Central, mostra que a atividade encerrou o ano de 2024 com crescimento de 3,8% no comparativo anual, superando a alta de 2,8% verificada no ano anterior”.

Leitão destaca ainda a disseminação do crescimento em diversos setores econômicos, refletindo um ano de superação das projeções iniciais e uma recuperação mais robusta.

Maior valor da série histórica e projeções para 2025

Com o crescimento registrado em 2024, o PIB brasileiro atingiu o maior valor real da série histórica iniciada em 2001, chegando a R$ 11,655 trilhões. O PIB per capita também bateu um recorde, alcançando R$ 56.796.

No entanto, segundo Juliana Trece, apesar do ótimo desempenho de 2024, há sinais de desaceleração para 2025, causados por fatores externos às ações do governo federal, como o patamar da taxa Selic e o aumento de impostos anunciado por Donald Trump. “Os juros elevados atingem principalmente os investimentos. Já no ambiente externo, novas imposições de tarifas podem comprometer o nível das exportações”, avaliou.

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Ainda assim, o saldo de 2024 reforça a retomada da economia brasileira e mostra que o país segue avançando de forma mais equilibrada, com investimentos e consumo impulsionando o crescimento.

Da Redação

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