Focus #133: O mentor do golpe
Focus destaca em matéria de capa depoimentos demolidores dos ex-comandantes do Exército, Marco Antonio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, à Polícia Federal, que colocam Bolsonaro no centro da trama golpista
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A nova edição da Focus Brasil, de número 133, traz como destaque os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, Marco Antonio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, à Polícia Federal. Consideradas demolidoras, as oitivas complicam ainda mais a situação de Jair Bolsonaro, uma vez que o colocam no centro da trama golpista de romper a ordem institucional.
“No depoimento de Freire Gomes, um toque dramático, com tons humilhantes para Bolsonaro: o então comandante das forças terrestres disse que prenderia o chefe, já derrotado nas urnas, caso insistisse na marcha do golpe de Estado”, relata a revista editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA).
“Bolsonaro, o tenente-coronel mauro Cid, foi o fio da meada para que os depoimentos divulgados por Moraes pudessem ser colhidos com método investigativo, que inclui uma linha do tempo – bastante presente nos documentos da PF – de reuniões entre os depoentes, o ex-presidente e alguns dos cúmplices de Bolsonaro, que a partir de agora também sentem o cheiro de batata assando”, aponta a Focus.
Na seção Carta ao Leitor, o diretor da FPA Alberto Cantalice trata dos desafios da comunicação institucional em um tempo em que imperam fake news e narrativas paralelas ao mundo real.
“O advento das redes sociais, das plataformas e dos meios de mensagem colocam a capacidade de comunicação dos agentes políticos cada dia mais em xeque”, alerta o diretor, chamando a atenção para o efeito da disseminação das notícias falsas pelas redes sociais, um “paraíso da distopia, a formação de bolhas segmentadas quase instransponíveis”.
“O componente do fundamentalismo de caráter religioso e sua disseminação via WhatsApp, atacando as pautas progressistas e advogando um conservadorismo ultrapassado, tem ajudado a criar esse cenário distópico. Isto é, fora da realidade da vida concreta”, observa.
“É preciso uma concertação internacional para que se regule as plataformas, se controle o fluxo de notícias falsas e se tribute”, defende Cantalice. “Afinal, ao fim e ao cabo é o Estado nacional que responde por seus povos”.
Acesse a edição 133 da Focus Brasil na íntegra clicando aqui.
Da Redação