Focus #143: na Câmara, Haddad defende medidas econômicas e confronta extrema direita
Nova edição da publicação da revista da Fundação Perseu Abramo destaca atuação do ministro da Fazenda no Congresso, onde lembrou do rombo orçamentário deixado pelo governo anterior
Publicado em
A nova edição da Focus Brasil destaca nesta semana a visita do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara dos Deputados, há uma semana. A atuação de Haddad deixou a extrema direita em polvorosa. Sem argumentos para atacar o governo Lula, bolsonaristas tentaram impor ao ministro a narrativa falsa de que o governo promove o caos fiscal no país. Os falsos argumentos foram prontamente rebatidos por Haddad.
“Eu não estou entendendo esse ruído todo que está acontecendo. Esse ruído não está fazendo bem para a economia brasileira“, afirmou Haddad. “E não tem amparo nos dados, porque nós estamos gerando emprego com baixa inflação”, observou. Ele lembrou que, em 2023, o governo teve que lidar com um rombo fiscal de R$ 270 bilhões herdado do governo anterior.
“Importante ressaltar que a decisão do governo Lula de pagar o calote dos precatórios foi também uma ação de reconstrução: o presidente anterior havia empurrado a dívida para 2026, último ano deste novo governo Lula e ano de novas eleições”, lembra a reportagem da publicação editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA).
Na seção Carta ao Leitor, o diretor da FPA Alberto Cantalice trata do tema da segurança pública. “O controle dos territórios exercido pelo crime organizado, a exemplo, o narcotráfico e as milícias, impõe suas próprias “leis”, a potencialização do armamento de grosso calibre, cuja exposição ostensiva, à luz do dia, cria cenas distópicas e opera a lógica do medo e do terror – estes agentes transformaram para pior a vida nas comunidades”, analisa o diretor.
Cantalice reconhece que existe uma institucionalização do crime organizado e defende uma ação integrada do Estado brasileiro para combatê-lo, a fim de preservar os direitos humanos e a cidadania no país. “Precisamos urgentemente recuperar os direitos à paz e tranquilidade para o povo brasileiro. Estabelecer verdadeiramente, com os enfrentamentos necessários, os Direitos Humanos como política pública em todos os recantos do país”.
A revista repercute ainda um levantamento do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made/USP) , que calcula que um imposto sobre os 0,2% dos mais ricos do país arrecadaria R$ 41,9 bi ao ano. Os recursos seriam suficientes para multiplicar por dez o orçamento do Ministério do Meio Ambiente.
“A pesquisa expõe o fato de que, diferentemente da maioria dos brasileiros que possuem algum tipo de riqueza (27% da população) e têm seus ativos acumulados em sua maioria em imóveis, os super-ricos preferem os ativos financeiros”, aponta.
Leia a edição completa da Focus Brasil clicando aqui.
Da Redação