Focus Brasil #142: Juros, a asfixia do capital sobre o trabalho

Nova edição da Focus Brasil denuncia as manobras do capital financeiro para manter os juros nas alturas e impedir o crescimento do país

Divulgação

A nova edição da Focus discute o arrocho monetário do Banco Central

A mais nova investida do capital financeiro contra o Brasil materializou-se na última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros. Há poucas semanas, o colegiado optou por reduzir o corte em apenas 0,25%. Agora no patamar de 10,5%, a Selic segue mantendo o país refém da maior taxa de juros real do mundo. O assunto ganhou a capa da revista Focus Brasil desta semana.

“Segundo os mais esdrúxulos argumentos, a decisão foi tomada devido à calamidade no Rio Grande do Sul e a uma série de explicações que nem mesmo os membros do Copom parecem entender ou acreditar”, denuncia a reportagem da edição 142 da publicação editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA).

“Essa foi a primeira vez em cinco reuniões que houve divergências nos votos dos diretores, sendo que quatro deles, indicados pelo presidente Lula, defendiam um corte maior de 0,5 pontos percentuais”, lembrou a revista.

A reportagem mostra que, mesmo com um corte de meio ponto, o indicador continuaria intoleravelmente alto. “A constante elevação dos juros com pretextos frágeis evidencia uma política econômica que favorece o mercado financeiro à custa da população”.

A gravidade do ataque especulativo do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, com o claro objetivo de impedir o desenvolvimento soberano do país, também foi objeto de análise do diretor da FPA, Alberto Cantalice. Na seção Carta ao Leitor, Cantalice alerta para os riscos da atuação do rentismo, representado pelo presidente da autarquia, e desqualifica o pífio argumento de Neto de que o emprego representa uma ameaça ao equilíbrio monetário do país.

“Fica cada vez mais claro que o compromisso da maioria da atual gestão do BC é com os ganhos do mercado, não com o crescimento e muito menos com o pleno emprego”, observou. “Essa defesa clara do arrocho salarial feita por Campos Neto, nos faz lembrar do avô Roberto Campos, conhecido pelo apelido de Bob Fields, dada a sua vinculação com os EUA, na época da ditadura”, disparou o diretor.

Acesse a edição completa da Focus clicando aqui.

Da Redação

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