Fontana: Conferência Eleitoral fortaleceu sentimento de que PT crescerá em 2024
Em entrevista à TvPT, secretário-geral Henrique Fontana avalia que encontro motivou pré-candidatos e pré-candidatas a buscar a vitória nas próximas eleições
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O secretário-geral do PT, Henrique Fontana, avaliou, nesta terça-feira (12), que a Conferência Eleitoral PT 2024 teve um saldo muito positivo, ao capacitar e estimular os pré-candidatos e pré-candidatas do partido a buscar a vitória nas eleições municipais do próximo ano.
“A avaliação de todos nós é que a conferência foi muito positiva. As pessoas tiveram acesso a um conjunto de debates de enorme qualidade. E também foi muito positiva no sentido da motivação. Os pré-candidatos saíram muito empolgados. O que eu mais ouvi foram pedidos para que façamos atividades como essa com mais frequência”, disse Fontana em entrevista ao Jornal PT Brasil, da TvPT (assista abaixo).
Para ele, a conferência aumentou ainda mais o sentimento de que o PT pode crescer em 2024. E o fato de a conferência ter sido antecipada para ocorrer ainda em 2023 contribuirá para esse objetivo. “Quando pensamos em fazer a conferência este ano, nossa ideia era transmitir um ritmo para a nossa base social. Quanto antes definirmos as nossas táticas eleitorais, costurarmos as alianças políticas e começarmos a organizar o programa e a campanha, melhor”, explicou.
E o foco, acrescentou, não é apenas eleger prefeitos e prefeitas, mas também muitos vereadores e vereadoras, fundamentais para a atualização constante do partido. “É por ali que se começa e se intensifica a renovação do partido”, ponderou.
Como esta será a primeira eleição sem coligação para vereadores, o objetivo é que, em cada cidade, o PT tenha uma chapa completa. “Numa cidade onde se disputam nove vagas, temos o direito de ter 10 candidatos. E queremos preencher essas 10 vagas. E que essas chapas sejam plurais em relação ao que nós representamos, que tenham ali bem representadas candidaturas de pessoas negras, de mulheres, de jovens, distribuídas geograficamente na cidade. Candidaturas que enraízem o partido na vida real de cada uma das cidades brasileiras.”
Três objetivos principais
Fontana ressaltou a importância de todos os simpatizantes e militantes do partido assistirem com atenção ao discurso feito pelo presidente Lula no ato de abertura da conferência. “Foi uma aula de preparação, de recados corretos, de como a gente renova o partido, de como a gente tem que enfrentar uma eleição”, analisou.
De acordo com o secretário-geral, os futuros candidatos do PT terão ao seu lado as realizações do governo Lula, que não só surpreendeu com resultados muito acima dos esperados este ano como continuará fazendo entregas importantes em 2024.
Isso ajudará o partido alcançar três objetivos principais, que foram detalhados por Fontana. “Nossa diretriz número 1 é derrotar os candidatos vinculados a essa extrema direita, a esse movimento fascista de péssima lembrança para o nosso país”, ressaltou.
“Segundo, nós temos que construir o fortalecimento da nossa aliança à esquerda, reafirmando muitas candidaturas do PT Brasil afora, mas também apoiando, em muitos casos, candidaturas do Psol, da Rede, do PCdoB, do PV, do PSB, do PDT, compondo esse campo de aliança prioritário para sustentar o governo do presidente Lula e fortalecer o nosso projeto político de país”, prosseguiu.
Já o terceiro objetivo é “ter um diálogo qualificado com os setores do centro político que votaram e apoiam o presidente Lula”.
Assim, apesar de o PT desejar eleger pessoas do partido, existe a orientação também para que se analise a situação de cada cidade para que se defina a melhor estratégia. Em alguns casos, será melhor apoiar um nome com mais chances de derrotar a extrema direita do que lançar um candidato próprio.
Disputa no dia a dia
Por fim, ele reforçou uma das mensagens trazidas pelo presidente Lula em seu discurso: a importância de atuar na vida real, conversando com as pessoas, em todos os espaços possíveis.
“Não há terreno onde não devamos estar. O presidente trouxe isso muito bem. Nós temos que conversar muito com os evangélicos, por exemplo. Porque, se há uma maioria de evangélicos que votou no nosso adversário na última eleição, é porque está temporariamente capturada por uma lógica que a extrema direita e o bolsonarismo constroem, com muita mentira, muita fake news”.
“Temos que trazer uma parte da sociedade brasileira, que ainda está ali meio confusa, naquele centro político, para um leito de defesa da democracia, de racionalidade”, defendeu.
Da Redação