Frente Parlamentar vai defender direitos da juventude no Congresso e na sociedade

“Temos a grande responsabilidade de fazer com que todos os jovens se sintam acolhidos pelo Estado e tenham suas demandas atendidas”, afirmou a deputada federal Camila Jara (PT-MS)

Agência Senado

Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas da Juventude (FPJovem) no Senado Federal

A Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas da Juventude (FPJovem) foi lançada hoje, 26, em solenidade no Senado Federal. Numa iniciativa conjunta da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) da Presidência da República e do Conselho Nacional da Juventude (Conjufe), a Frente é suprapartidária e visa garantir a plena efetivação do Estatuto da Juventude.

“Temos a grande responsabilidade de fazer com que todos os jovens se sintam acolhidos pelo Estado e tenham suas demandas atendidas, os jovens das periferias, das comunidades quilombolas, os aldeados. Essa juventude precisa ser ver nos espaços de poder, precisa sentir que o Estado está presente na vida delas oferecendo oportunidade de desenvolvimento”, salientou a deputada federal Camila Jara (PT-MS), vice-presidente da Frente.

Ao citar pesquisa feita em 2022 que mostrou que mais da metade dos jovens sonhava em morar no exterior, Camila disse que é preciso que ela seja refeita daqui quatro anos para mostrar que os jovens querem se manter no Brasil pelas oportunidades de emprego, renda, educação e também por ser um país em que todas as existências são respeitadas. “Temos a responsabilidade de pautar o governo federal e pensar projetos para executar as políticas para a juventude”, afirmou ao concluir sua fala na solenidade de lançamento da Frente.

A deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) destacou a vitória com a recente aprovação da continuidade e aperfeiçoamento da Lei de Cotas, lei que, segundo ela, possibilitou que as universidades se pintassem de povo. Dandara chamou a atenção para a geração nem-nem que é, na verdade, geração sem-sem.

“Sem trabalho, sem estudo, sem direitos trabalhistas, sem oportunidades e sem condições básicas de sobrevivência”, apontou a deputada federal mineira ao destacar que no pós-pandemia muitos jovens não voltaram para as salas de aula porque viraram arrimo de família ou estão no sub-emprego, trabalhando nos aplicativos que nem consideram os acidentes de trabalho ou mães jovens que não tem creches para seus filhos.

“A importância dessa frente é por uma agenda de direitos da juventude que aponte para o século 21, contectando as lutas do passado com demandas do presente. Ao construir a agenda de direitos, vamos precisar combater todas as formas de opressão como machismo, racismo, misoginia, lgbtfobia, que precarizam a vida da juventude”, afirmou ainda durante o evento.

Após quatro anos de desmonte, governo federal rearticula ações

A reinstalação da Frente Parlamentar da Juventude foi comemorada pelo secretário nacional da juventude do governo federal, Ronald Sorriso, pois representa a retomada do debate acerca dos direitos dos jovens.

“Passamos quatro anos de desmandos, de desmonte da Secretaria Nacional da Juventude, com negligência com o Conselho Nacional de Juventude. Não havia nenhuma referência para os órgãos gestores estaduais e municipais e, por conta disso, buscamos rearticular esses movimentos e repor o debate no parlamento brasileiro”, assinalou Ronald ao informar que a SNJ, órgão vinculado à Secretaria Geral da Presidência, buscou diálogo com o senador Irajá (PSD-TO) que já era presidente da Frente desde 2019.

“Reiniciamos esse importante espaço e tenho certeza que vamos colocar no Congresso matérias importantes em defesa da juventude como ponto central para promover a felicidade através do bem viver, da emancipação e das oportunidades para nossa população jovem”, afirmou.

Representando as juventudes partidárias no lançamento da Frente, a secretária nacional da juventude do PT, Nádia Garcia, informou que a meta é conseguir transformar a Política Nacional de Juventude em lei.

“A ideia é que a gente consiga aprovar o Fundo Nacional de Juventude o Plano Nacional de Juventude no Sistema Nacional de Juventude porque um país que não investe em seus jovens é um país que não vai garantir um futuro de progresso”, alertou.

O Brasil tem hoje o maior número de jovens da sua história. São 47 milhões de jovens, de 16 a 29 anos. “É um boom demográfico de juventude. Temos que investir agora com oportunidades porque sem estudo, com dificuldade de encontrar trabalho, sem perspectivas e sem dignidade compromete-se todo o futuro da nação”, apontou.

Da Redação

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