Gestão petista implantará Central de Transformação de Resíduos Sólidos em Rio Grande

Projeto da Prefeitura foi votado e aprovado pela Câmara Municipal e é exemplo de sustentabilidade; início das obras está previsto para março de 2020

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A cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, terá a primeira Central de Transformação de Resíduos Sólidos Urbanos. O projeto, que passa a vigorar como a Lei N° 8.432/2019, após a aprovação da Câmara Municipal, consiste na construção de uma usina para transformação do lixo em produção de energia, adubo orgânico e utensílios de base polimérica. Para a execução do projeto, haverá também a contratação de operação de crédito junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

A iniciativa vem da administração municipal, com gestão do prefeito petista Alexandre Lindenmeyer, e tem como objetivo dar uma destinação sustentável à grande quantidade de material inservível e orgânico recolhido diariamente nas ruas de Rio Grande. Dados atuais mostram que, hoje, a Prefeitura, através do trabalho de 20 equipes de Serviços Urbanos, retira cotidianamente das vias do município cerca de 60 toneladas de resíduos inservíveis.

A medida também responde à demanda do Ministério Público para que o Município de Rio Grande recupere a área impactada ambientalmente do Antigo Lixão e Bota-Fora desativado, localizado no Bairro Maria dos Anjos. A implantação do projeto pretende, ainda, atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, à Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, além de atender aos pressupostos de Desenvolvimento Sustentável promovidos em escala global pela ONU, dos quais o Brasil é signatário.

O secretário de Serviços Urbanos de Rio Grande, Dirceu Lopes, explica como a Central vai funcionar. “O modelo a ser implementado pela municipalidade contempla o gerenciamento global de resíduos domiciliares urbanos gerados pela comunidade do município. Nele, nós vamos dar o tratamento diferenciado e transformar esse material em diversos outros materiais, através de uma triagem e desidratação de resíduos de valor agregado, distribuído em dois eixos. O primeiro, a fração orgânica, destinada à produção de biogás, que vai se transformar em energia ou em fertilizantes e compostagem. O segundo, a fração sintética, que vai trabalhar a matéria-prima polimérica, que vai se transformar em peças de alto valor agregado, como meio-fio, pavers (tipo de piso), manilhas para esgoto, canos, bancos, filtros, fossas, sumidouros, entre outros”.

Sobre a questão da economia para os cofres públicos da cidade, o secretário da pasta explica os valores. “O que o município gastaria para remediar o aterro e o lixão dos Carreiros, nós estamos empregando numa tecnologia que vai trabalhar a totalidade do lixo na cidade do Rio Grande. Hoje, Rio Grande gasta para enviar o lixo para o Aterro Sanitário Meioeste, localizado no município de Candiota, aproximadamente R$ 700 mil reais por mês e a remediação dos aterros daqui, que será realizada pela administração municipal, custaria aos cofres públicos R$ 210 milhões, num prazo de 4 anos. Isso representa uma economia de quase R$ 160 milhões para Rio Grande. Implica dizer que em lugar de despendermos recursos para gastar para enterrar lixo, nós vamos investir recursos para transformar o lixo”, apontou.

A ação se soma a outros projetos já implantados pela municipalidade, como os de sustentabilidade nas escolas da rede municipal e o projeto “Reutilizar”, que transforma pneus em brinquedos para crianças. A instalação da usina também vai ao encontro das diretrizes do programa da administração municipal, que propõem a busca de inovação num trabalho voltado ao Desenvolvimento Humano e Sustentável, a Proteção à Vida, e a Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental.

A atuação da usina prevê ainda a instalação de 10 Ecopontos espalhados pela cidade, local em que a população deverá depositar o material inservível, como papelão, fogões, geladeiras, resto de podas, etc. Do depósito, o material será enviado à Central para a transformação.

Em entrevista à Agência PT, Lopes comentou sobre os próximos passos da instalação da Central. “Nós tivemos uma reunião com o BRDE ontem e já demos início ao processo. A previsão é de que as obras comecem em março de 2020.” Em paralelo ao processo, a Prefeitura está preparando os editais para a contratação dos serviços que a Central demandará, entre eles serviços de infraestrutura, compra de maquinários, construção civil e aquisição de tecnologias.

O secretário de Serviços Urbanos de Rio Grande comentou ainda que diversas prefeituras da região têm entrado em contato com eles para saber mais do projeto. “É um projeto inovador e que faz parte das maiores preocupações das cidades atualmente, que é a destinação do lixo e o melhor aproveitamento dos resíduos”.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Prefeitura de Rio Grande

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