Gleisi anuncia ação contra advogado de Bolsonaro
Responsável pela defesa do presidente da República acusou a legenda de tramar com Adélio o atentado contra o candidato em 2018. “Quem está por trás disso é o PT. Isso foi encomendado”, denunciou. A presidenta rebateu: “Esse advogado fez acusação safada e terá de responder na Justiça”
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, anunciou que vai processar o advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, por mentir e lançar acusações falsas contra a legenda. Em um programa ao vivo na TV Bandeirantes, nesta segunda-feira (11), o advogado inventou que uma suposta testemunha teria informado a ele que o “PT pagou Adélio Bispo para esfaquear Jair Bolsonaro”.
“Esse advogado fez acusação safada contra o PT terá de responder na Justiça”, anunciou a deputada federal. “Bolsonaro não tem resposta para a tragédia social que criou e quer desviar o assunto”, acusou. “São mais de 11 mil mortes e o povo sofrendo pela irresponsabilidade do governo. Parem com fake news e cuidem das pessoas”.
Considerado um dos principais conselheiros de Bolsonaro e dos filhos, Wassef mentiu na TV. “No dia do atentado, Adélio passou o tempo todo seguindo e monitorando Bolsonaro. Ele premeditou, com riqueza de detalhes. Quando preso, foram encontrados com ele dinheiro, cartão de crédito internacional, quatro celulares, notebook, que misteriosamente desapareceram após o crime”, pontuou Wassef. Em seguida, o advogado contou que essa pessoa apresentada como nova testemunha “deteve fisicamente Adélio no dia do crime”.
Gleisi quer que o advogado revele perante a Justiça quem seria a testemunha e apresente indícios, ou responderá por denunciação caluniosa. Na entrevista à TV, o advogado reclamou da visibilidade que a imprensa dá à cobertura do assassinato da vereadora Marielle Franco, assassinada há mais de 500 dias, e cujas investigações não avançam.
“Quem está por trás disso é o PT. Isso foi encomendado. Houve pagamento, houve premeditação para assassinar Bolsonaro. O que teria acontecido se o meu cliente tivesse falecido naquele dia? Hoje, o presidente do Brasil seria Fernando Haddad, aquele comunista socialista, que impôs à cidade de São Paulo andar a 50 km/h, proibindo o trânsito de veículos automotores”, disse Wasseff.