Gleisi: desvincular Previdência e Fundeb do Mínimo contraria programa eleito
Presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), criticou propostas de inclusão do Fundeb na conta do piso da educação e de desvinculação do salário mínimo da Previdência Social
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A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), classificou de “preocupante” as propostas de desvincular a Previdência Social do salário mínimo e de incluir o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) na conta do piso da educação.
“É no mínimo preocupante que sejam defendidas pela ministra Simone Tebet“, advertiu a presidenta do PT, comentando a proposta sugerida pela ministra do Planejamento e Orçamento. “Responsabilidade fiscal não tem a ver com injustiça social”, criticou a presidenta do PT, em seu perfil no X.
A parlamentar e presidenta do PT avaliou as propostas feitas pela ministra durante entrevista ao jornal Valor Econômico como “muito ruins”, por atingirem parcelas vulneráveis da população, contrariando o plano de governo do presidente Lula.
“Se adotadas, iriam prejudicar diretamente milhões de aposentados e alunos de escolas públicas, a população que precisa ser protegida pela ação do Estado, ações essas garantidas na nossa Constituição”, lembrou a deputada.
Desvincular a Previdência do salário-mínimo e incluir o Fundeb na conta do piso da Educação são ideias muito ruins, que contrariam o programa de governo eleito em 2022. Se adotadas, iriam prejudicar diretamente milhões de aposentados e alunos de escolas públicas, a população que…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) May 6, 2024
Retrocesso
Em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou escapar, durante entrevista ao Podcast Inteligência Ltda, o afã de Guedes de desvincular o salário mínimo, as aposentadorias e as pensões da inflação.
“O Paulo Guedes fala muito em desindexação da economia. O que quer dizer desindexar? O percentual fica indefinido”, sugeriu Bolsonaro, à época.
O jornal Folha de S.Paulo chegou a obter acesso a uma cópia da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) elaborada por Guedes que não previa o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação corrente, mas com a meta do ano seguinte.
Da Redação