Gleisi Hoffmann cobra que oposição trabalhe pelo Brasil
“Precisamos discutir sobre política, sobre posicionamentos em relação ao governo e economia sem utilizar a relação de Lula e Dilma”, disse a senadora, em plenário
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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) rebateu, na quinta-feira (25), em plenário, a tentativa da oposição de criar intrigas entre o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Após o senador Aloysio Nunes (PSDB) criticar a bancada do PT por ter emitido uma nota em defesa de Lula e não ter citado a presidenta Dilma, Gleisi rebateu dizendo que a bancada defendeu seu líder e o fará quando achar necessário.
Durante sua fala, a senadora pediu para que a oposição volte a discutir sobre política, posicionamentos em relação ao governo e economia sem utilizar a relação de Lula e Dilma. Segundo ela, desde o primeiro mandato da presidenta, em 2010, ouve-se dos oposicionistas e da mídia boatos sobre a relação dos dois.
“Ter divergências dentro do PT é normal. Talvez não seja para o PSDB, que não tem a vivência de participação democrática, mas no PT nós temos. Desde que surgimos com o partido nós nos fizemos discutindo, debatendo, mas isso não pode ser entendido como desautorização ou disputa para desconstrução de algo que ambos concordam e ajudaram a construir”, disse.
Para Hoffmann, o governo Dilma é a continuidade do governo do ex-presidente Lula e continua cuidando do bem-estar e inclusão social, das melhorias da qualidade de vida, melhoria e respeitabilidade do Brasil no exterior.
Ela reafirmou que, além de manter os antigos projetos do governo do ex-presidente Lula, Dilma também é responsável por novos programas e projetos como o Ciências sem fronteiras, Minha Casa Minha Vida 3, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) II e vários outros projetos que ampliam e melhoram a vida do povo brasileiro.
“Essa tentativa de criar mal-estar por que o presidente Lula fez críticas ao PT ou a se referir a programas de governos não está correta. Assim como não é correta usar a nossa nota de solidariedade ao presidente Lula dizendo que é uma nota que não fala nada sobre a presidenta. Quem sofreu os ataques no último final de semana foi Lula”, ressaltou.
No último fim de semana, segundo a senadora, toda a imprensa desrespeitou uma liderança pública como nunca antes havia conhecido. Por exemplo, ela citou que quando prenderam o Marcelo Odebrecht fizeram crer que Lula estava envolvido em situações ilegais.
“Nunca vi tratar assim um ex-presidente. Disseram que Lula não tinha direito de estar com empresários em outros países para divulgar os nossos serviços e empresas, falaram isso como se ele estivesse ferindo o país”, comentou.
“Ter divergência política é uma coisa natural, é da democracia. Agora o que não dá é para utilizar de outros meios para desconstruir uma liderança como a do ex-presidente Lula”, completou.
No fim de sua fala no plenário, a senadora pediu para que a oposição entre no debate político. “Não é possível uma liderança como Lula ter um tratamento tão desrespeitoso aqui no seu país por parte da oposição e da imprensa”, disse.
Defesa de Dilma – Ainda no plenário da Casa, a senadora Gleisi Hoffmann fez questão de dizer que as críticas à presidenta Dilma Rousseff são muito pesadas, principalmente em relação ao que ela teria dito na campanha e não teria feito quando eleita.
“A presidenta não mexeu no direito dos trabalhadores e sabia que tinha que fazer ajustes. Ela está fazendo de tudo para manter o emprego e para manter a inflação sobre controle. Estamos sim vivendo um momento difícil, mas nem de perto se compara as crises que nós tínhamos no passado, quando a gente devia para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e nossa taxa de juros era imensa”, lembrou.
“Por exemplo, não foi a presidenta Dilma que tratou professores com cachorro, bombas, cassetete e que colocou o Paraná e o Brasil, por consequência, no Plano Internacional ferindo os direitos humanos. Não foi a presidenta Dilma que aumentou em 50% o IPVA do Paraná e o ICMS. Quem fez tudo isso foi um governador do PSDB, Beto Richa. Se vai criticar a presidenta Dilma, faça a lição de casa”, concluiu.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias