Gleisi: “Vamos comemorar no 1º de Maio o crescimento real do salário mínimo”
Em visita ao Pará, presidenta do PT celebra o retorno da política de valorização real do salário mínimo e a melhora da economia, apesar da sabotagem contínua do Banco Central de Bolsonaro
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A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse, nesta sexta-feira (28), que os trabalhadores brasileiros finalmente voltam a ter motivos para comemorar no 1º de Maio, graças ao retorno da política de valorização real do salário mínimo, confirmada pelo governo Lula na quinta-feira (27).
“Ontem, o presidente se reuniu com as centrais sindicais e já disse que anuncia, no 1º de Maio, o salário mínimo de R$ 1.320, que é a variação real de inflação mais crescimento do PIB. Já teve uma recomposição no início do ano do salário mínimo e, agora, mais esta”, lembrou Gleisi, em visita ao estado do Pará (assista abaixo a coletiva de imprensa).
“Esse anúncio, de manter o poder real de compra do salário mínimo, é muito importante, tem um impacto grande na sociedade, a começar pelos aposentados”, ressaltou. “Já vamos poder comemorar neste 1º de Maio a retomada da política de garantia do crescimento real do salário mínimo”, completou.
Economia melhora, mas BC de Bolsonaro sabota
Segundo Gleisi, as melhoras nos indicadores econômicos, como queda do desemprego e crescimento maior do que vinha sendo previsto, são reflexo da mudança de política trazida pelo governo Lula, que está aumentando os investimentos públicos.
“Os dados econômicos estão melhorando e surpreendendo. Isso tem a ver com investimento. Quando você faz a conservação de estradas, você está dando emprego, fazendo a economia girar. Quando você retoma obras em escolas, o Minha Casa Minha Vida, também é isso”, explicou.
Prévia do PIB indica expansão de 3,3% na economia em fevereiro, a maior em 33 meses. Tá todo mundo fazendo seu trabalho, agora só falta Campos Neto com os juros.
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 28, 2023
O maior obstáculo da economia, no entanto, continua sendo a sabotagem feita pelo presidente do Banco Central, o bolsonarista Roberto Campos Neto. “Os programas de combate à fome e à miséria são muito importantes, mas valorização do salário mínimo e aumento de investimentos são o que mais faz a diferença. E a taxa de juros que temos hoje inviabiliza o investimento privado, que é a maior parte do investimento de um país”, afirmou.
Por isso, Gleisi defende a saída de Campos Neto do Banco Central. “O Senado já o chamou, e as explicações dele foram muito ruins. Acho que o Senado tem que começar a dar um voto de desconfiança para o presidente do Banco Central. Sinceramente, eu acho que ele tem que sair, porque ele está prejudicando o Brasil.”
Desenvolvimento do Pará
Gleisi comemorou a volta da relação respeitosa entre o governo federal e o estado do Pará. Destacou que o presidente Lula tem muito carinho pelo Norte e, por isso, está empenhado em levar desenvolvimento à região.
“Com a volta do presidente Lula, com o carinho que ele tem pelo estado, pela região, a gente já começa a ver uma relação mais respeitosa. E investimentos em estradas, obras, Minha Casa Minha Vida, que têm impacto na economia”, destacou.
Além disso, o compromisso de realização no Pará da COP-30, cúpula do clima da ONU que ocorrerá em 2025, também ampliará os investimentos no estado, citou a presidenta do PT.
Também na área ambiental, ela destacou o esforço que o governo Lula tem feito para reconstituir as equipes que trabalham na preservação da Amazônia e na proteção dos povos indígenas. “Para você remontar a máquina, os órgãos, ter gente de novo para fazer o trabalho, não é da noite para o dia. Meesmo assim, a gente já tem várias operações sendo feitas.”
CPMI do Golpe
Outro tema abordado foi a CPMI do Golpe, que deve ser iniciada em breve. Para Gleisi, a comissão de inquérito servirá para apontar todos os responsáveis pelo ataque à democracia realizado em 8 de janeiro.
“Vamos esclarecer quem foram os responsáveis por aquela tentativa de golpe, que não começou naquele dia. Logo depois da eleição, teve toda uma sorte de articulações que buscavam deslegitimar o processo eleitoral. As próprias falas de Bolsonaro foram nesse sentido. Não tenho dúvidas de que vai chegar a ele a responsabilidade intelectual desses atos todos que tentaram desestabilizar a democracia brasileira”, previu.
Ela concluiu dizendo esperar que as investigações levem a uma punição que siva de lição à queles que atentam contra a democracia. “Tem que ter uma punição pedagógica. A democracia é muito importante, a gente não pode brincar com isso.”
Da Redação